Neste final de semana o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, veio ao RS para dizer aos pré-candidatos, no caso Tarso Genro e o prefeito de São Leopoldo, Ary Vannazi, que o Partido precisa ampliar alianças para poder ganhar no ano que vem. Tarso e Vannazi não têm dificuldades para cumprir a recomendação de Berzoini, porque são dois políticos que costuram bem as alianças, inclusive com o que costumam chamar de direita. Vannazi fez isto em São Leopoldo, para se reeleger, e Tarso, em Canoas, com Jairo Jorge, enfiou até o PP de vice. O problema seria Olívio Dutra, um candidato muito forte, talvez o mais forte do PT, porque Olívio não tolera alianças pela direita e sequer pela centro direita. José Fogaça, do PMDB, e Yeda Crusius, pelo PSDB, mais Paulo Feijó, pelo DEM, sugarão o apoio de todos os Partidos que se colocam no espectro político que o PT chama de centro esquerda para centro direita e direita, no caso PTB, PP, PSDB, PMDB e Dem, mas até Partidos de esquerda poderão rejeitar o PT. Estão neste caso PDT, PC do B e PSDB. O PDT já anunciou que a única chance de apoiar o candidato do PT é Fogaça não ser candidato. Não sobrará nada para Tarso ou Vannazi, que correm o risco de ficar até sem o apoio do PSBe PC do B (Fogaça namora Beto Albuquerque ou Manoela para vice).
Ainda falta pouco mais de um ano para que os partidos definam seus candidatos aos governos estaduais, mas os ministros com projetos eleitorais não querem perder tempo nem desperdiçar a força dos cargos. Orlando Silva (Esporte), Tarso Genro (Justiça) e Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) são exemplos de ministros que deram um jeito de combinar as agendas oficiais com os planos de campanha. Uma análise da agenda deles neste início de ano mostra que a maior parte dos roteiros teve como destino suas bases eleitorais.
. Segundo o jornal Correio Braziliense, o ministro Tarso Genro tem aproveitado a presença de aliados à frente de prefeituras do Rio Grande do Sul para transformar lançamentos de programas e reuniões técnicas da pasta da Justiça em verdadeiros eventos eleitorais. Sonhando em conseguir o apoio do PT para a disputa do governo do seu estado sem precisar se submeter a prévias, Genro tem se empenhado em tornar-se presença constante em alguns dos municípios e elaborado programas específicos da pasta que dirige para beneficiar os gaúchos. Prova disso foi a iniciativa de atender aos pecuaristas do estado no que se refere ao combate de roubo de gado. No mês passado, Genro incluiu o combate ao problema entre as metas do Plano Nacional de Segurança. A ideia agradou os pecuaristas. A assessoria do ministério afirma que em breve o mesmo projeto chegará a Foz do Iguaçu e diz que ele não tem conotação eleitoral.
. O destino preferido de Tarso Genro é a cidade de Canoas, cujo prefeito Jairo Jorge (PT) foi seu principal auxiliar quando ocupou o Ministério da Educação, em 2004, e é seu amigo pessoal. Com uma recepção calorosa garantida, o ministro foi quatro vezes ao município somente este ano. Uma delas apenas para falar sobre segurança para 500 guardas municipais. Segundo a agenda oficial divulgada na página da internet do ministério, o petista participou de sete eventos fora de Brasília este ano. Cinco deles em cidades do Rio Grande do Sul.
Um comentário:
Só pra constar, a Manuela (com ú) não pode ser vice (supostamente namorada pelo Fogaça) vide CF, art. 14, parágrafo 3º, "b", por isso suas ações são ineptas, tá explicado, como advogado é um ótimo jornalista que erra os nomes.
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