Saiba como vão ser as novas alianças eleitorais em Porto Alegre

Apurados 70% dos votos em Porto Alegre, o que se infere dos resultados é que haverá segundo turno entre José Fogaça, do PMDB, e Maria do Rosário, do PT.

. As pesquisas de boca de urna realizadas pelo Ibope foram mais uma vez pessimistas, covardes, e não apontaram sequer de longe o que iria acontecer.

. Duas grandes surpresas destas eleições são as votações de Luciana Genro, que beira os 10%, e Marchezan Júnior, que sequer plano de governo apresentou durante a campanha, mas que vai faturando quase 3% do eleitorado.

. A partir deste momento, a engenharia política local estará toda voltada às composições para o segundo turno. Seria natural o alinhamento do Dem (Onyx), Marchezan Júnior (PSDB) e todo o PPS que acompanhou Manuela, do PCdoB, com o prefeito José Fogaça, mas estas alianças não são tão automáticas quanto parecem e nem foram costuradas com antecedência. Existem enormes incompreensões entre Onyx e as lideranças do PPS com o prefeito José Fogaça, mas nem o DEM e muito menos o PPS têm condições políticas de se alinhar com o PT, até mesmo por questões nacionais irreparáveis. Além disto, DEM e PPS fazem parte do governo Fogaça e dele não se afastaram nem mesmo durante a campanha eleitoral - o mesmo acontece com o PP e o PSDB.

. Em seu discurso da noite de domingo, José Fogaça indicou que seu candidato a vice, José Fortunatti, costurará as alianças. Ele terá o apoio do coordenador da campanha, Clóvis Magalhães. Fortunatti é um líder sindical de esquerda e trabalhará melhor neste campo. Ele tentará atrair imediatamente o apoio do PP, DEM, PSDB e PP, mas tentará a todo custo atrair o PSB e franjas importantes do PCdoB, sobretudo eleitores manuelistas, e do PSOL. O PSOL nasceu de dentro do PT, inconformado com a corrupção do Mensalão e se opõe gravemente ao governo Lula, mas é caracterizadamente de esquerda.

. Maria do Rosário já começou contatos com o PSB e com o PCdoB, seus históricos aliados, que no entanto têm demonstrado irritação com o papel hegemônico do qual o Partido dos Trabalhadores nunca abre mão. O PT pensa que também herdará os votos do PSOL, mesmo que o Partido não o apóie oficialmente (o PSOL avisou que não apoiará ninguém). Nos demais Partidos - DEM, PSDB, PPS e PP - Rosário não tem sequer interesse.

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