Saiba o que saiu errado na campanha de Maria do Rosário

Desde sexta-feira os jornalistas e os candidatos recebem sinais de que o PT começou a reagir, até como conseqüência de forte irrigação de dinheiro na campanha. Não é o que se vê nas ruas. O que pouca gente percebe é que o Partido resolveu apostar pesadamente no corpo a corpo. É a sua especialidade, porque o PT possui vasta capilaridade em Porto Alegre (a melhor de todos os Partidos) e isto pesará na reta final.

. Na TV, nas rádios e nas ruas, o que se percebe é uma forte disputa entre o prefeito José Fogaça e Manuela D’Ávila, do PCdoB. Nesta quarta-feira, o senador Zambiasi, líder do PTB, foi escalado para bater em Manuela. É uma aposta perigosa, porque Fogaça pode perder a marca da razoabilidade.

. Caso Maria do Rosário fique mesmo fora do segundo turno, isto seria um acontecimento de dimensões históricas, porque terá reflexos sobre a sucessão estadual e até nacional. Afinal de contas, a presuntiva candidata petista à sucessão de Lula é a ministra Dilma Roussef, do RS.

. O editor consultou três politicólogos gaúchos que não integram campanhas (algo quase impossível no RS) para saber o que dá errado na campanha de Rosário. Eis três razões: 1) a divisão interna dentro do PT, decorrente das prévias. 2) a transformação de Rosário numa espécie de “secretária do Lula”, elidindo sua própria personalidade. 3) a divisão do campo da esquerda, que pela primeira vez lançou três candidatos competitivos, atuando pela “extrema esquerda”, “esquerda” e “direita”.


E-MAIL DA
COORDENAÇÃO DA CAMPANHA DE FOGAÇA

Sem a intenção de contestar a tua nota de hoje, apenas como um reparo: a coordenação da campanha de Fogaça não escalou o Senador Zambiasi para "bater" na Manuela. Primeiro, porque não é do feitio desta campanha, e não seria conveniente neste momento em que o Prefeito lidera todas as pesquisas com larga vantagem. Segundo, porque basta olhar para o programa que foi ao ar para perceber que o Senador Zambiasi, quando cita a Manuela, cita todos os candidatos a prefeito que são Deputados Federais, e não o faz com nenhuma crítica, apenas menciona a importância do trabalho deles em Brasília. O Senador Zambiasi não se prestaria ao papel de ser "escalado" para qualquer coisa, e ainda menos para o de agressor de adversários.
A campanha de Fogaça continuará focado apenas em atacar os problemas da cidade e propor soluções para o seu futuro.
Abraços,
-- Fábio Bernardi



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