Dirceu ainda é recebido como "ministro"

Clipping O Globo 29 de agosto

Dirceu ainda é recebido como "ministro" e fala como se fosse do governo.
Luiza Damé e Roberto Stuckert Filho.

O celular do ministro da Defesa, Nelson Jobim, revela, em sua agenda, que ele se encontrou ontem, às 8h30m, com o ministro (sic) José Dirceu, antes da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. A agenda oficial do ministro Jobim não registra o compromisso com Dirceu, ex-ministro e deputado cassado. Num ato da CUT, Dirceu defendeu aliança entre PT e PMDB para eleger o sucessor do presidente Lula. (págs. 1 e 5)


Num ato de comemoração dos 25 anos de fundação da CUT, o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu defendeu a aliança do PT com o PMDB para eleger o sucessor do presidente Lula em 2010. Para Dirceu, as forças que elegeram Lula só perderão as eleições se forem incompetentes. Dirceu, que fala como se ainda fosse do governo, continua sendo tratado como ministro. Uma prova disso é o registro do telefone celular do ministro da Defesa, Nelson Jobim.


Na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Planalto, O GLOBO fotografou Jobim manuseando seu celular. Nele, aparece na tela a agenda do dia do ministro. Às 8h30 estava registrado: "Min. José Dirceu, Res.". A inscrição seria uma referência a um compromisso de Jobim com o ex-ministro, provavelmente em sua residência. Logo em seguida, o celular registrava o compromisso das 9h30: a reunião do conselho. A agenda oficial do ministro não registra o encontro com Dirceu e começa pela reunião no Palácio. A foto do celular de Jobim foi feita às 12h59. Até o fechamento desta edição, Jobim não foi localizado. A assessoria de imprensa da Defesa disse que não comentaria a agenda pessoal do ministro.
No debate com dirigentes sindicais sobre o futuro do movimento no Brasil, Dirceu disse que acordou às 5h30m para abastecer seu blog, pois seus compromissos em Brasília começaram às 8h30m.

No encontro com sindicalistas, Dirceu disse que o movimento sindical e o PT têm de se mobilizar para dar continuidade ao projeto político de Lula, elegendo seu sucessor em 2010.

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