Fortalecido com o sucesso da operação de resgate, na semana passada, de 15 reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) - entre eles, a ex-senadora Ingrid Betancourt - , o presidente colombiano, Álvaro Uribe, reúne-se nesta sexta-feira, 11, com o líder venezuelano Hugo Chávez em Caracas. A visita é crucial para Uribe romper seu isolamento regional, evidenciado nos últimos anos por seu alinhamento com os EUA e sua recusa em negociar com as Farc, e também para normalizar as relações com a Venezuela - responsável por 17% das exportações colombianas, o que a torna o principal parceiro comercial de Bogotá.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística da Venezuela, as importações de produtos produzidos na Colômbia aumentaram 60% no primeiro trimestre do ano 2008, justo no momento de maior tensão política. Para a analista de relações internacionais Beatriz de Majo, isso mostra que, apesar da retórica crescente, pouco se fez para desmontar a "interdependência cruzada" binacional."Quem faz os negócios, quem põe as mercadorias de um ou do outro lado da fronteira são os empresários", disse De Majo à BBC.
A Venezuela também depende da importação colombiana, principalmente de alimentos, justo durante uma conjuntura internacional marcada por escassez de comida. Mas não só de comércio vivem os dois países. A pressão baixou logo que Chávez mudou de opinião a respeito da luta armada da guerrilha colombiana, que passou a classificar de "injustificada".
. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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