Senadores não assumem autoria de projeto que cria 388 cargos

Nenhum senador assumiu a paternidade do projeto que autorizou os 81 parlamentares e 16 líderes e integrantes da Mesa Diretora a preencher mais um cargo comissionado de assessor técnico. As 97 vagas são as mais "caras" da Casa entre os não concursados, com salário de R$ 9,97 mil. O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse que não só se manifestou contra o aumento, como até fez uma advertência sobre a inconveniência disso. Foi voto vencido, afirmou.

. Como todos os gabinetes já dispõem de seis assessores deste nível, o cargo, que pode ser dividido por quatro (ou seja, 388), termina virando um ótimo atrativo para empregar indicados de amigos eleitoralmente influentes. A Mesa Diretora tomou a decisão na última quarta-feira. O novo assessor técnico aumentará a despesa anual do pessoal ativo - hoje de R$ 1,46 bilhão - em mais de R$ 11 milhões. O gasto no período com aposentados é de R$ 600 milhões.

. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) contou que o assunto surgiu em maio, mas que na ocasião Garibaldi disse que o aumento de gasto não seria concretizado. "Pensei que o assunto estava morto", alegou Simon, que disse que pedirá a retirada do aumento.

Nenhum comentário:

https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/