Vários indicadores coincidentes divulgados ontem
reforçaram a expectativa de que a produção industrial de janeiro, que
será divulgada no dia 6, apresentará queda, devolvendo a forte alta observada
em dezembro.
Dados recolhidos pela equipe de economistas do Bradesco, enviados esta manhã ao editor, revelam que de acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), a produção
nacional de celulose somou 1,8 milhão de toneladas em janeiro (alta interanual
de 10,2%), enquanto a produção de papel foi de 859 mil toneladas (avanço de
1,9%). Segundo as estimativas da equipe, esses níveis correspondem a quedas de 0,7% e
de 4,0%, respectivamente, na margem. De acordo com a Associação Brasileira do
Alumínio (ABAL), a produção de alumínio primário foi de 66,8 mil toneladas no
início de 2018 (alta de 1,3% ante janeiro de 2017), correspondendo a um recuo
de 0,1% ante dezembro. A produção do setor químico caiu 2,7% no mês (queda
interanual de 3,4%), segundo a Associação Brasileira da Indústria Química
(Abiquim). Por fim, na contramão desses desempenhos baixistas, o consumo
industrial de energia elétrica avançou 1,2% na margem (elevação interanual de
3,7%), segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) dessazonalizados
por nós. Esses indicadores e outros já divulgados apontam, em conjunto, para
uma queda entre 2,5% e 3,0% da produção industrial em janeiro, devolvendo a
forte elevação de 2,8% verificada na divulgação anterior.
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