Tornou-se chavão dizer que, no mundo contemporâneo, a
incerteza é a única certeza. A realidade realça e expande essa verdade.
A inovação tecnológica cria negócios globais da noite
para o dia e destrói aqueles presos a padrões superados. O mercado de trabalho
acompanha esse movimento, gerando novas castas profissionais e desempregando os
capacitados em tecnologias em desuso. A globalização eleva a média de qualidade
de vida, mas acentua a concentração e a iniquidade social. Essa dinâmica amplia
a insegurança e o medo, que alimentam o populismo e recrudescem o ódio no mundo
e, a reboque, o terror.
O cenário se reflete na edição 2017 do Trust Barometer,
realizado pela Edelman em 28 países. Trata-se do mais amplo estudo sobre a
confiança da sociedade nas empresas, governos, ONGs e na mídia. Seu resultado
aponta declínio na credibilidade destas instituições em 21 países, a maior
dispersão na queda de confiança já registrada.
Avaliando a percepção das pessoas em quatro variáveis
(“sensação de injustiça”, “falta de esperança”, “falta de confiança” e “desejo
de mudança”), o estudo conclui que somente 15% do público global entende que o
“sistema está funcionando” plenamente. No Brasil, esse número é ainda menor:
13%.
O Trust Barometer aponta ainda o crescimento do abismo
entre “público informado”, a elite socioeconômica, e “público em geral”.
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