Em editorial que publica hoje, o jornal Zero Hora diz que o novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, só
assume no dia 6, mas já tem um desafio imediato: pôr fim ao impasse no Programa
de Financiamento Estudantil (Fies), que espalhou intranquilidade entre os
beneficiários do sistema, seus familiares e instituições de ensino.
Leia tudo:
É evidente
que dinheiro público, como o destinado a custear alunos carentes em
universidades privadas, não pode ser distribuído sem critérios mínimos,
definidos de forma transparente. Mas não há dúvida, também, de que as bruscas mudanças
nas regras foram feitas de forma atabalhoada e pouco clara, confundindo
estudantes e universidades. Por isso, é preciso encontrar logo um jeito de
consertar a trapalhada.
O fato concreto é que, num cenário de orçamento apertado,
em grande parte por incompetência gerencial do setor público, o Fies vinha
demandando recursos cada vez mais elevados. Essa, porém, é uma consequência
natural e previsível, num país em que raros alunos concluem o Ensino Médio. Um
número menor ainda consegue chegar à universidade. O governo federal tinha,
portanto, o dever de se preparar para a expansão e até mesmo de estimulá-la,
como forma de ampliar o universo de brasileiros com curso superior.
As próprias contrapartidas, reforçadas às vésperas do
início de mais um ano letivo, também têm aspectos discutíveis. Dinheiro público
não pode ser distribuído sem a exigência de contrapartidas mínimas. Ainda
assim, é preciso levar em conta que, pelos novos critérios, quem foi vítima de
ensino de má qualidade tende a ser prejudicado, pela dificuldade de assegurar a
pontuação mínima exigida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). E é
igualmente inadmissível que, mesmo alunos enquadrados nas novas exigências e
inscritos em cursos com avaliação máxima não estejam conseguindo acesso ao crédito.
Esse não pode ser o padrão de uma pátria que pretende ser educadora.
O país precisa de mais brasileiros com nível superior,
entre outras razões, pelo fato de serem responsáveis pela formação de futuros
profissionais. Por isso, é lamentável que o aperto nas contas públicas esteja
entre as razões de uma mudança tão brusca e atrapalhada justamente numa área
essencial como a educação
5 comentários:
Zero Hora?
Nos tempos atuais o correto seria ZeH-Lotes.
Tem que ter um mínimo de critério para conseguir um financiamento. Virou festa agora? O Fies do jeito que estava era uma putaria.
Pelo jeito, segundo a forma de fazer "jornalismo" da RBS, a operação Zelotes nem existe, curioso né, acusaram a governadora Yeda do que ela não fez e fizeram tudo o que acusaram ela de ter feito, e elevado na 10ª potência!
O quê O Governo do PT faz que dá resultado positivo?
A ZERO ZELOTES (ZZ para os intimos
petralhas) não tem nada a dizer,
a não ser que a Receita Federal
será agraciada por ela brevemente
com o troféu "MAMÃE QUERO MAMAR".
Postar um comentário