O economista José Pastore, professor da USP, disse no seu
artigo a seguir que leu na revista Veja de 9 de outubro de 2013 uma importante
reportagem, fundada em depoimentos de técnicos e de vários presidenciáveis, em
que fica clara a armadilha na qual o Brasil se meteu, que é o repúdio ao mérito
- ou à produtividade. Leia tudo:
. Logo de início a matéria destaca: "Um país pode
crescer por algum tempo apenas estimulando o crédito e a criação de empregos.
Mas o enriquecimento real só será possível se cada um dos trabalhadores
produzir um valor individualmente, por meio da incorporação de novas técnicas, do
aprendizado e dos ganhos de eficiência". Citando Paul Krugman, a
reportagem destaca: "A produtividade não é tudo, mas, no longo prazo, é
quase tudo" (A chave é aumentar a eficiência). Eduardo Campos,
presidenciável, foi mais direto e defendeu a meritocracia como essencial para o
bom funcionamento do setor público e da economia como um todo.
. Virei a página da mesma revista e vi outra reportagem
mostrando o Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro combatendo abertamente
a meritocracia no panfleto intitulado "Vamos dizer não às gratificações
por produtividade e à avaliação" (Afronta ao mérito).
. Não é a primeira vez que os sindicatos brasileiros se
opõem à produtividade.
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3 comentários:
Meritocracia no serviço público brasileiro ?
Primeiro devem combinar com os russos, como diria o Garrincha !
Estamos dominados pelas corporações, que sugam o estado de todo jeito, podem esquecer essa ideia.
No Brasil atual o mais baba-ovo é escolhido em detrimento dos competentes.Na era do conhecimento isso não funciona.
Infelizmente a meritocracia no serviço público muitas vezes revela-se uma arma no poder dos políticos ou de uma certa classe. Só para exemplificar, aqui no RS, na Secretaria da Fazenda, há na prática dois cargos, o de Fiscal(agora dividido em três) e o cargo de Técnico. As chefias são ocupadas basicamente por fiscais. Há uns meses, ao fazer a avaliação por mérito dos técnicos, os fiscais decidiram dar nota igual e somente razoável a todos os técnicos indistintamente, ou seja, não se avaliaria ninguém. Simplesmente porque não gostam dos técnicos os fiscais resolveram dar notas baixas a eles. Eu mesmo fui avisado pela minha chefia que seria assim, que estava decidido. Ou seja, o mérito às favas. Só não deu certo, em todo Secretaria da Fazenda, porque algumas chefias, se dando conta da ilegalidade desse ato, preferiram fazer as avaliações de acordo com o mérito mesmo. Mas em outras partes da Fazenda, seguindo uma decisão corporativista, os técnicos foram avaliados não pelo seu mérito, mas apenas de acordo com a conveniência dos seus chefes. Eu sou favorável a meritocracia, mas precisa haver critérios objetivos, que independam da vontade do chefe ou do político, caso contrário, haverá ilegalidades com pressões políticas ou corporativistas.
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