Época confirma entrega de US$ 8 milhões de dinheiro sujo da Odebrecht, via Petrobrás, para campanha de Dilma

Assustado com as pressões depois que falou para a revista, o lobista refugiou-se em Dubai, paraíso  fiscal onde lavou dinheiro do PT e do PMDB.



A revista que circula neste sábado, revela que encaminhou à Petrobras 27 questões sobre contratos com as empreiteiras Andrade Gutierrez, Mendes Júnior e UTC. ÉPOCA perguntou ainda a respeito da interferência do lobista João Augusto na celebração de contratos na área internacional da Petrobras. Em resposta, a assessoria de imprensa da Petrobras afirmou, pela segunda semana consecutiva, que não comentaria o assunto. Leia a reportagem:

. Lobista aponta mais empreiteiras com que tinha negócios na Petrobras
João Henriques denuncia os responsáveis pela entrega de propina a políticos em Brasília

DIEGO ESCOSTEGUY, COM FLÁVIA TAVARES, LEANDRO LOYOLA, MARCELO ROCHA E MURILO RAMOS
 
FALOU, SIM O lobista João Augusto Henriques na conversa com ÉPOCA. Ele tentou negar o que dissera num momento de sinceridade, mas foi desmentido pelas gravações (Foto: Reprodução)
FALOU, SIM
O lobista João Augusto Henriques na conversa com ÉPOCA. Ele tentou negar o que dissera num momento de sinceridade, mas foi desmentido pelas gravações (Foto: Reprodução)
Na noite da sexta-feira, dia 9 de agosto, quando a última edição de ÉPOCA se alastrava como pólvora pela internet e pelo mundo político, a pressão do poder desabou sobre o lobista João Augusto Henriques, que denunciara um esquema de propina do PMDB na Petrobras. João Augusto estava em Paris e, de lá, passou a ser atingido pela ira dos chefes do PMDB implicados por ele. Na edição que começava a circular, ÉPOCA – com base em contratos de gaveta dos lobistas do PMDB, em entrevistas, feitas em Brasília, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, com os envolvidos no caso e, posteriormente, no testemunho do próprio João Augusto – narrava detalhes do esquema. Ele dissera que de “60% a 70%” do dinheiro que arrecadava das empresas que faziam negócio na Diretoria Internacional da Petrobras, comandada pelo PMDB, era repassado a deputados do partido em Brasília. João Augusto denunciou, assim como outros envolvidos entrevistados por ÉPOCA, três casos em que isso acontecera. Num deles, segundo João Augusto, a construtora Odebrecht, que conseguira um contrato bilionário da Petrobras, repassara, por orientação dele, o equivalente a US$ 8 milhões ao PT, em plena campanha presidencial de Dilma Rousseff. João Augusto afirmou que o repasse tinha por objetivo vencer as dificuldades impostas pelo então presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, do PT, à assinatura do contrato. Dias antes da eleição de Dilma, Gabrielli o aprovou.

. Diante da pressão, João Augusto soltou uma nota negando o que dissera a ÉPOCA sem pedir anonimato. No texto, afirmou que nunca exercera “interferência nos contratos da área internacional da Petrobras” e que nunca repassara “qualquer recurso para pessoas, nem tampouco partidos”. Ainda no sábado, epoca.com.br publicou o áudio de dez dos principais trechos da entrevista de João Augusto – gravada também em vídeo (acima, as imagens). Desmentido, João Augusto disse a interlocutores que começara a reunir material para, se for o caso, colaborar com investigações oficiais no Brasil. Refugiou-se em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos – onde, por sinal, afirmara manter uma das principais contas bancárias que recebiam dinheiro do esquema.
(...)
Examinando as tabelas e planilhas, percebe-se que boa parte dos negócios envolve obras, manutenção ou construção de plataformas e prestação de serviços. Com a Andrade Gutierrez, foram assinados quatro contratos, incluindo um consórcio para construir uma unidade de tratamento de resíduos de petróleo, por cerca de R$ 2 bilhões. Foram 11 contratos com a UTC Engenharia de 2009 para cá, sete deles entre 2011 e 2012, num total de R$ 1 bilhão – muitos para pintura de plataformas na Bacia de Campos. João Augusto afirmou que tinha influência para operar fora da área internacional. “Pagava a quem de direito. Fazia (negócios) com outros partidos também (em outras áreas da Petrobras)”, disse João Augusto. Não lhe faltava conhecimento técnico e de gente na Petrobras para isso.

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8 comentários:

Anônimo disse...

Essa quadrilha que tá no governo, não interessa o partido, agem desse jeito. Roubam descaradamente e depois tentam desqualificar a imprensa e o denunciante. A revista VEJA, não tem credibilidade qdo denuncia a roubalheira do PT(partido do trambique), agora qdo a mesma revista VEJA, denuncia a roubalheira do PSDB/PFL, aí a quadrilha do mensalão acha de mostrar a roubalheira como verídica. A revista Época, é da globo, tb deve ser desqualificada por elles.

Anônimo disse...

Depois o Lula fica chateado do povo criticar a classe política.

Anônimo disse...

Veja só teve credibilidade quando derrubou Collor e quando noticiou os factóides que acusavam de forma torpe e caluniosa a falecida esposa de FHC, certo esquerdas "imparciais" e partidárias do controle "social" da mídia? Entenda-se controle social como censura descarada quando órgãos de imprensa falarem das tramóias esquerdo-bananeiras!

Anônimo disse...

há nãoooooooooooooo. Diego Escosteguy de novo..........Vai que cola. Vai que cola. VAI QUE COLA.

Anônimo disse...

Políbio,

A Odebrecht não emprestaria um "Jatinho Intercontinental" para o Lulla ficar desfilando se o "querosene" não tivesse sido pago antes!!

JulioK

Anônimo disse...

Se Veja mentisse as esquerdas já estariam multimilionárias graças a ações judiciais, mas não, ficaram ricas com mentiras, corrupção e ações criminosas! Se alguém da esquerda me provar por A+B de que o que eu disse é falso, viro esquerdista de bandeirinha!

Anônimo disse...

Quando o Duda declarou o dinheiro recebido lá fora era a hora de correr com essa quadrilha de ladrões.

Anônimo disse...

Se o STF, digo, a revista Época confirmou, tá confirmado. Não tem trolololo.

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