Análise do Datafolha mostra que Dilma tem 32% dos votos contra 53% da soma dos adversários

O ex-prefeito do Rio, Cesar Maia,que foi secretário da Fazenda de Brizola, economista e conhecido pelas suas análises de pesquisas, informou nesta sexta-feira que escolheu entre as alternativas presidenciais oferecidas ao eleitor pelo Datafolha (07-09/08) aquela que num mesmo grupo reúne José Serra e Aécio Neves. Com isso, somados a Marina e Eduardo Campos, formam um grupo que hoje não votaria em Dilma. São 32% em Dilma e 53% nos demais. Veja o que ele descobriu:
            
1. Dilma sempre tem suas melhores performances nos de menor nível de instrução e de menor renda: 38% e 37%, respectivamente. Da mesma forma no Nordeste 42% e no Interior 35%. Nos níveis de maior escolaridade e maior renda tem os mesmos 21% e nas Regiões Metropolitanas 28%.
            
2. Mesmo nos níveis menores de escolaridade e renda a soma dos demais alcança 47% e 52%, superando com folga os 38% e 37% de Dilma. No Nordeste, onde Dilma tem 42%, os demais somam 45% e no Interior 50%, também superando Dilma com 35%.
            
3. Marina tem 34% nos de nível superior e 33% nos de renda mais alta, superando amplamente os 21% de Dilma. Serra tem 13% e 7% nesses níveis mais altos. Aécio 12% e 18%. Portanto, Aécio vai melhor que Serra no nicho de escolaridade  potencial do PSDB. Esse nicho –com mais acesso a informação- indica uma percepção a favor de Aécio, o que deve estimular Serra a buscar o PPS ou ficar no PSDB como candidato ao Senado.
            
4. Os eleitores respondem que conhecem Muito Bem: Dilma 58%, Marina 29%, Serra 44%, Aécio 17% e Campos 7%.
            
5. Dilma perdeu completamente a credibilidade como gestora econômica. O nome de Lula aí tem 42%, Dilma 12%, Serra 11%, Aécio 8%, Marina 8% e Campos 2%. Excluindo Lula e calculando as porcentagens dos demais entre si, Dilma tem 29%, Serra tem 27%. Aécio e Marina 20% e Campos 4%. Não será por aí que terá seus votos ano que vem, reforçado pela percepção do tipo “Dilma não é Lula”.
            
6  Finalmente, Dilma manteve-se em 16% na resposta espontânea (em quem votaria sem indicar nome), repetindo a última pesquisa. Isso é um sinal que o crescimento na induzida é mero efeito de superexposição depois do abalo que sofreu pós-manifestações nas ruas.

3 comentários:

Anônimo disse...

O que quer dizer mesmo todo este malabarismo do Cesar "vaia"?

Que a Dilma tem 32% de votos do POVO?

É isso?

Quanta bobagem para provar o improvável...

Anônimo disse...

Sobre o Cesar Maluco, li isto no Terra:

Quartafeira, 14 de agosto de 2013

Manifestantes que seguem protestando na porta da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro hostilizaram o ex-prefeito da cidade, Cesar Maia (DEM). O político, um dos 51 vereadores do Rio, saía do Palácio Pedro Ernesto na tarde desta segunda-feira, quando teve o carro cercado por um grupo que permanece na entrada da Câmara. Aos gritos de "ladrão", Maia teve dificuldades para deixar o local. Alguns manifestantes cuspiram no veículo que transportava o vereador.

Anônimo disse...

Do blog do programa Roda Viva em 1996.

A trajetória do carioca César Maia não é, exatamente, o exemplo de coerência política. Ele está, hoje, no PFL [Partido da Frente Liberal. Tornou-se Democratas em 2007]. Depois de ter sido preso 3 vezes como militante de um grupo marxista clandestino e se refugiado no Chile no fim dos anos de 1960. César Maia voltou do exílio com um diploma de economia, casado e com 2 filhos. Filiou-se ao PDT [Partido Democrático Trabalhista] e assumiu a secretaria de governo do Rio no governo de Leonel Brizola em 1993. Elegeu-se deputado federal em 1986 e 1990 e em 1991, rompeu com Brizola e entrou no PMDB. Disputou a prefeitura do Rio e prometeu que, se eleito, convocaria até o exército para conter a violência na cidade que, segundo César Maia, vivia uma guerra civil. Com esse discurso, derrotou Benedita da Silva, do PT [Partido dos Trabalhadores] no segundo turno. Em 1995, trocou o PMDB pelo PFL e admitiu, pela primeira vez, que pode ser candidato a governador em 1998. César Maia ficou conhecido, também, por uma série de atitudes polêmicas, como a de querer manter o horário de verão só no Rio e obrigar motoristas de táxis a usar gravata e também por enfrentar problemas sérios, como a escalada da violência do Rio e, em 1993, atos que horrorizaram o mundo, como a chacina da Candelária e a tragédia provocada pelas chuvas em fevereiro último, quando os deslizamentos nos morros deixaram quase 70 mortos e quase 2 mil desabrigados.

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