Iminência do apagão pode legvar o governo Dilma a autorizar o pleno funcionamento da usina AES Uruguaiana

O deputado Frederico Antunes, PP do RS, presidente da Frente parlamentar em Defesa da Reativação da Usina de Uruguaiana, informou ontem a noite ao editor que o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) pode autorizar, hoje, o funcionamento da fase 2 da AES Uruguaiana. O colegiado, presidido pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, se reúne à tarde para avaliar a situação energética do País, com foco no baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas e na liberação do funcionamento de usinas térmicas. O que disse o deputado:

- Estamos na expectativa. Se a autorização da fase 2 sair nesta quarta-feira [hoje] será uma grande notícia para o Estado e para a região.

. Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), os reservatórios do Nordeste operam com 31,61% da capacidade, enquanto os da região Norte estão com 41,24%. Para suprir a demanda de consumo, todas as termelétricas estão em funcionamento.

- A usina, a maior a gás do País, pode produzir 630 MW de energia. Nenhuma hidroelétrica gaúcha gera tanta energia, nem mesmo Passo Real. A AES recomeçou as operações esta semana, depois de quatro anos de paralisação. Isto só foi possível porque os governos do Brasil e da Argentina concordaram com as propostas insistentemente feitas pela AES, que é a de importar gás via propaneiros com atracação prevista para Baía Blanca, já que os argentinos não possuem mais gás para cumprir o contrato firmado com Uruguaiana. O gás desembarcado é regaseificado e injetado no gasoduto que corta a Argentina, um dos braços dos quais vai até a usina brasileira. No momento, uma só turbina gera 163 MW. O acordo final prevê fornecimento permanente de gás e geração de energia também permanente, sendo que a produção iria no inverno para a Argentina e no restante do ano para o Brasil. Na atualização dos equipamentos da usina, a AES investiu R$ 20 milhões. Foi tudo feito muito ás pressas, nas últimas quatro semanas, diante da ordem do governo Dilma Roussef, apavorada com a possibilidade de iminente apagão. O governo estadual tem se mantido alheio a todas as tratativas. A retomada das operações da usina, esta semana, não contaram com a presença do governador e do secretário da área, ambos em férias. 

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