Clipping
Jornal O Globo
18 de julho
Relatório da PF afirma que o empresário Fernando Sarney, indiciado esta semana por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, usou a casa do pai, o presidente do Senado, José Sarney, para intermediar negócios da incorporadora Abyara com a Caixa Econômica Federal, em 2008. Diretores da empresa e um vice-presidente do banco teriam se reunido lá, em encontro promovido por Fernando, acusado pela PF de tráfico de influência junto a órgãos federais. Um dos envolvidos nos negócios é o empresário Paulo Nagem, amigo de Fernando, que foi indiciado ontem pela PF, juntamente com outros sócios do filho de Sarney. A incorporadora estaria interessada “num financiamento grande com a CEF”, segundo disse Nagem à época. Poucos meses antes, segundo a PF, a Abyara depositara R$2,4 milhões na conta da mulher de Fernando. A Abyara disse que o dinheiro era para compra de um terreno.
As relações de Fernando Sarney com a incorporadora paulista são antigas. Segundo a PF, de agosto a novembro de 2007, foram depositados na conta conjunta de Teresa Murad e Ana Clara Sarney (mulher e filha de Fernando) pela Abyara um total de R$ 2,44 milhões. "Que transação poderia ter sido realizada entre as partes que justificasse esses depósitos?", estranha a PF em seu relatório. O dinheiro era sacado em cheques e destinado para a TV Mirante (R$ 750 mil) e para a São Luís Factoring (R$ 1,2 mi), que para o MPF é uma "empresa de fachada, servindo apenas como instrumento para o cometimento de crimes".
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