Anistia e piso dos profesores no RS: razão e sensibilidade

Os deputados estaduais gaúchos terão uma oportunidade de ouro nos próximos dois meses para devolver alguma racionalidade às posições que a maioria tomou em relação à queda de braço entre o governo estadual e os professores públicos liderados pelo cada vez mais dismilinguido Cpergs, a saber:

ANISTIA – A anistia concedida pelos deputados, inclusive com os votos da maioria da base aliada, não é apenas uma decisão demagógica, mas flagrantemente inaceitável. Afinal de contas, por que razão a Assembléia também não anistia trabalhadores privados que perdem os dias que não trabalharam ? Quem não trabalha, não ganha. Só cigarra ganha sem trabalhar, quando ganha, porque via de regra morre por não conseguir sobreviver.
- O governo vetará a decisão da Assembléia e espera ser respeitado.

PISO BÁSICO – A Assembléia jogou para fevereiro a votação do projeto do governo que previa elevar de R$ 852,00 para R$ 950,00 mensais a remuneração total dos mil professores que ainda ganham menos do que isto. Resultado: com a vitória de Yeda no STF, os R$ 950,00 não serão mais piso básico, mas remuneração total. Assim, se a Assembléia insistir na burrada, 151 mil professores ganharão pelo menos R$ 950,00 ou mais, enquanto que apenas mil, os do nível 1, os mais pobres, continuarão ganhando menos. É um negócio tão burro quanto acabar com o Duplica RS para pagar 9% mais de pedágio a partir do dia 1º de janeiro.


- A maioria está se deixando chantagear e constranger por uma minoria agressiva, burra, ressentida, corporativista e destrutiva, que aposta num cenário de devastação, que é o seu caldo de cultura preferido para crescer. A base aliada precisa demonstrar mais razão e sensibilidade, até para defender os professores.

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