Artigo, Júlio Ribeiro - Meu pai

Júlio Ribeiro é jornalista no RS.

Eu cresci com uma certa distância do meu pai. Ele saia de casa às 4h da manhã pra trabalhar. Carregava malas na Rodoviária de Pelotas até às 7 da noite. Chegava em casa extenuado, depois de 15 horas de trabalho, trazendo os mantimentos que faltavam pra semana. Uma das minhas irmãs, que também já se foi, lembrava com os olhos marejados, do barulho que ele fazia ao sacudir cada lata de mantimento, pra saber a quantidade das provisões. Era a música que sabia tocar em todas as madrugadas.

Ele era o pai provedor. Não tinha muito mais pra dar, porque também não recebera do pai austero, que o iniciara, aos 8 anos, no duro ofício de lenhador. 

Eu tinha 15 anos quando ele teve uma trombose cerebral que o mudou pra sempre, pelos seus sete restantes anos de vida. 

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2 comentários:

M. Esther TeixeiraCorrea disse...

Caro Políbio
Lindo e emocionante texto.
Esther

Anônimo disse...

Grande Júlio! Sentimos sua falta no microfone. Aguardamos sua retomada jornalística.

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