Artigo, Marciano Buffon - A grande greve de 2018: quem ganhou com isso?

- O autor é Consultor Jurídico, Financeiro e Fiscal da ACI de Novo Hamburgo.

Quando se examinam fatos e seus reflexos, há de se ter presente o alerta que já fizera Paul Veyne – historiador e arqueólogo francês – acerca de uma armadilha inerente a isso: “o perigo da História é que ela parece fácil e não o é”.  Não obstante, faz-se necessário examinar os reflexos do grande movimento ocorrido no Brasil ao final de maio de 2018, alguns previsíveis outros nem tanto.

Embora intelectualmente se esteja tentado a invocar o Conselheiro Acácio (famoso personagem da obra Primo Basílio de Eça de Queiroz), que entre outras obviedades dizia que “as consequências vêm sempre depois”, percebe-se que se está diante de uma soma de fatos sem precedentes, com efeitos prejudiciais para a maioria dos brasileiros.

Não se pretende tratar aqui de todos os prejuízos causados, pois inescapavelmente precisa-se reconhecer que quantificá-los nada mais é do que um simples exercício de retórica matemática (se isso fosse possível), sem contar o incalculável valor de uma vida humana perdida neste processo.

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