Análise, Geraldo Samor, Brazil Journal - Na Bolsa, o pior ainda pode estar por vir

Uma onda de aversão a risco está estremecendo a Bolsa brasileira, derrubando ações de empresas de qualidade e aumentando o temor sobre o calendário eleitoral que se avizinha.

O abalo provem de diversos polos: contágio argentino, pessimismo sobre as chances de um candidato moderado de centro nas eleições, e o crescimento cada vez mais desanimador do PIB, que tem ficado mais claro nas últimas semanas com os relatórios Focus do Banco Central.

Para piorar, o cenário internacional tem ficado menos benevolente. O dólar tem ganhado terreno sobre todas as moedas: trucidou a lira turca, o peso argentino e já opera acima de R$ 3,60 sem nenhum constrangimento.

Ainda assim, não há nada que esteja ruim que não possa piorar.

As notícias dos ‘hermanos' são chorosas como o próprio tango: só ontem, o peso desvalorizou mais 7%, levando sua queda acumulada a 24% desde que o movimento atual começou no final de abril.

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