Artigo, Demétrio Magnoli - Síndrome de Allende

A charge é de Ronaldo, in blog de José Pedriali


O socialista Salvador Allende governou o Chile, em meio a uma crise permanente, por menos de três anos, entre 1970 e 1973, até o golpe militar de Pinochet. Os intelectuais de esquerda chilenos dividiram-se, alguns optando pela crítica ao que interpretavam como excessiva moderação do presidente, outros reprimindo suas convicções para cerrar fileiras com o governo.

Sob o lema “este es un gobierno de mierda, pero es el mío”, os segundos alertavam que a crítica dos primeiros contribuiria para o triunfo final da direita golpista. No Brasil, há anos, a “síndrome de Allende” circula nas rodas dos intelectuais de esquerda como justificativa para a cega adesão ao lulopetismo. Nada – nem mesmo os desastres econômicos e éticos à vista de todos – provoca mais danos à esquerda brasileira que esse recuo dos intelectuais à trincheira da militância.

No Chile da época, os supostos pecados de Allende situavam-se na esfera das opções de política econômica e social. No Brasil do lulopetismo, outra coisa está em jogo: a captura do Estado pela aliança criminosa entre uma elite política corrompida e a parcela do alto empresariado que faz fortunas às custas de contratos com o poder público. O “gobierno de mierda”, isto é, o bloco político liderado pelo PT, patrocinou a santa aliança desvendada pela Lava Jato. Mesmo assim, praticamente não se ouve a crítica dos intelectuais de esquerda. A prisão de João Santana, acompanhada de novas evidências contundentes do assalto aos recursos públicos, não os comove. Há algo de trágico na paisagem seca.


Uma década atrás, na hora do “mensalão”, deputados petistas choraram em plenário enquanto Duda Mendonça fazia uma confissão parcial, mas devastadora. Naqueles dias, Tarso Genro falou numa “refundação” de seu partido e o próprio Lula, encurralado, esboçou um ambíguo pedido de desculpas.

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15 comentários:

Anônimo disse...

CAGASTEEEE BÚLGARA COMUNISTA TUA SORTE É QUE EU NÃO SOU UM GENERAL POIS JA TERIA EXTERMINDO TODA A ESQUERDALHA VAGABUNDA COMUNISTA BRASILEIRA

Anônimo disse...

Não temos apenas um gobierno de merda. Temos também, e principalmente, uma esquerda de merda.

Anônimo disse...

Não creio que os "intelectuais" de esquerda tupiniquins não recuam das suas trincheiras da militância governista por questões ideológicas, esses canalhas que ainda defendem o governo, de uma forma ou de outra se beneficiam e comem na mão do PT!

jorge alves ribeiro disse...

Mas aos poucos já está se vendo uma mudança da classe empresarial, que está vendo que a vaca está indo pro brecho e eles vão ir junto. Tem alguns, como o sr. Jorge Gerdau qeu estão apoiando esse governo, não se sabe porque, embora a empresa dele estar sendo investigada pela operação Zelotes.

Anônimo disse...

28/02/2016 - Zero Hora

Lenio Streck: pacote do MPF retroage mais de mil anos

O pacote contra a corrupção que o Ministério Público Federal apresenta dá o que pensar. Por que deixaram de fora a legalização da tortura? Afinal, ela é eficiente. Os procuradores se empolgaram. Teologia juspunitiva. O "pacote" é tão cheio de inconstitucionalidades, que, muitas delas, o porteiro do Supremo Tribunal invalida. Até quando acertam propondo medidas contra o caixa 2, multa para bancos e recuperação de ativos produtos de crimes, acabam colocando parágrafos que violam direitos.

Mas meu papel, aqui, é de jurista e não de torcedor. Ninguém é a favor da corrupção, a não ser o corrupto, é claro. Um país não progride com impunidade. Mas também não progride com supressão de garantias. Ah, nos EUA é assim. Comparação falsa. Sistemas diferentes. Lá erros dão filme. Atire a primeira pedra quem, em Pindorama, não tenha sido vítima (ou não saiba) de algum erro judiciário. E na Alemanha? Não, não é assim.

O pacote propõe uma "eugenia cívica". O agente público deve se submeter a testes que apontem se é propenso a cometer crimes. Como? Já existe tal ciência? Mais: e se o "teste" for positivo, será meio idôneo de prova, ainda que o acusado a tenha produzido contra si mesmo? E será aplicado nos concursos de juiz e procurador? E na indicação de ministros? Não são agentes públicos?

O pacote retroage mais de mil anos ao restringir a possibilidade de pedido liminar em habeas corpus. Mais: o pensamento mágico — corrupção terá pena maior que homicídio. Código Penal reduzido a pó. O pacote também cria o "informante confidencial", que só vale para corrupção. E em homicídio, não?

Faltam páginas para elencar os erros. A maioria das medidas é inconstitucional. Assalto não é crime hediondo, mas a gorjeta para o guarda poderá ser. Se o pai paga dívida de filho servidor público endividado, pode ser processado porque é um terceiro enriquecendo ilicitamente o rebento. O que mais dizer? E olha que coloquei só 10% das ilicitudes propostas pelo MPF. E nem falei das provas ilícitas.

Lenio Streck: Advogado e professor, doutor em Direito e ex-procurador de Justiça

Xi, editor e tias do jô, essa é a prova provada da ingenuidade, para não dizer fraqueza do MPF do Paraná e do Juiz Moro, que capitaniaram esse pacote.

Anônimo disse...

LFV, és conivente com tudo o que está nos acontecendo!

Te entendo, Paris e Lisboa são muito melhores.

Anônimo disse...

A impunidade escandalosa de Aécio Neves

28/02/2016 - Diário do Centro do Mundo - Kiko Nogueira

O DCM apresenta o documentário sobre a Lista de Furnas que prometemos entregar em mais um projeto de crowdfunding.

Com direção do talentoso documentarista e produtor Max Alvim, ele é baseado nas matérias de Joaquim de Carvalho, um dos melhores repórteres do Brasil, colaborador dileto do Diário.

Está ali toda a gênese e as imbricações de um dos grandes escândalos do país — e um dos que mais sofreram tentativas de ser abafado.

O momento do lançamento é oportuno. No sábado, 27 de fevereiro, ficou-se sabendo que o ex-deputado federal Roberto Jefferson e mais seis pessoas foram indiciados pela Delegacia Fazendária (Delfaz) por crime de corrupção ativa e lavagem de dinheiro na estatal mineira.

O Ministério Público Estadual (MPE) levou dez anos para se mexer. Entre os envolvidos estão empresários, lobistas e políticos. Ficou faltando muita gente. Entre as ausências, a de Dimas Toledo, ex-presidente da empresa indicado por Aécio. Dimas não foi indiciado por ter mais de 70 anos e, portanto, contar com o benefício da prescrição.

O que o documentário do DCM traz:

- O que é, para que servia e quem produziu a relação de 156 políticos e os respectivos valores recebidos na campanha eleitoral de 2002 do caixa 2 de empresas que prestaram serviços para Furnas.

- Os principais nomes do esquema: gente como José Serra, então candidato a presidente, Geraldo Alckmin, candidato a governador de São Paulo, Aécio Neves, candidato a governador de Minas Gerais, e Sérgio Cabral, candidato a senador pelo Rio de Janeiro, além de candidatos a deputado, como, Alberto Goldman, Walter Feldman e Gilberto Kassab por São Paulo; Eduardo Paes, Francisco Dornelles e Eduardo Cunha pelo Rio de Janeiro; Dimas Fabiano, Danilo de Castro e Anderson Adauto por Minas Gerais.

- O protagonismo de Aécio: além de receber diretamente para sua campanha R$ 5,5 milhões (13,1 milhões em valores corrigidos pelo IGP-M), há outros dados que confirmam seu papel central no caso.

São antigas as relações de sua família com as empresas públicas na área de energia. O pai, Aécio Cunha, depois de integrar durante seis anos a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, se tornou conselheiro de Furnas, ao mesmo tempo em que era conselheiro da Cemig, a estatal de energia de Minas Gerais.

“Furnas sempre foi território de Minas no governo federal”, afirma José Pedro Rodrigues de Oliveira, ex-coordenador do Programa Luz para Todos.

O doleiro Alberto Youssef, em delação premiada, falou de Aécio. O lobista Fernando Moura detalhou que era “um terço (PT) São Paulo, um terço nacional, um terço Aécio”.

- A batalha para desacreditar a Lista de Furnas: quem divulgou que ela poderia ser falsa foi o PSDB de Minas Gerais, com base em pareces de peritos contratos e num laudo da Polícia Federal feitos em cima de uma das cópias divulgadas por Nilton Monteiro, o homem que confessou atuar como operador do caixa 2.

Uma matéria na Veja, plantada por Aécio, deu força para a ideia da falsidade. Quando essa tese prosperava, o lobista Nílton Monteiro entregou à Polícia Federal o documento original, que foi periciado. A conclusão foi a de que se tratava de um documento autêntico, assinado por Dimas Toledo e sem indício de montagem.

Esperamos, com esse documentário, ter conseguido jogar luzes sobre uma história que caminhava para o esquecimento. Agradecemos a todos os leitores que contribuíram para que ele pudesse ser realizado.

Xi, editor, pexes grande do PP, PSDB, PMDB, etc. nessa lista, além de aécio, alkmin, Goldmamm, Fracisco Dornelles, Cabral, Eduardo Cunha,Walter Feldnamm, até o Kassab, eterno aliado de Serra, que agora virou governista.

Anônimo disse...

SÃO TÃO FALSAS AS DECLARAÇÕES DOS PETISTAS DE QUE É GOLPISMO O IMPEACHMENT DA DILMA, QUANTO AS DO PRESIDENTE DO PT: "OS MEMBROS DO PARTIDO CONDENADOS PELA JUSTIÇA SERÃO EXPULSOS". QUANTOS FORAM EXPULSOS? AS OPOSIÇÕES, A MÍDIA, NINGUÉM QUESTIONA AS PROMESSAS DE RUI FALCÃO.

O DIA QUE O APEDEUTA E SEUS APEDEUTETES FORAM TIRADOS DE CIMA DE SEUS ALAZÕES disse...

Com a diferença de apenas um ano, o Zimbábue também comemora o seu grande líder e no Poder há 35 anos. Aqui, a festa de aniversário de 36 anos do PT comemorado e dando "o maior apoio" ao Lula.

A seca aqui judia do povo de boa parte do Nordeste e, nos últimos tempos, em outras regiões do Brasil. Na África, ha povos sofrendo com a seca.

Vítimas das secas constituem um rico capital votante, arrebanhadas em valiosos currais eleitorais de propriedade de grandes bandidos travestidos de políticos.

Na África e Brasil, vítimas das secas justificam ajudas em dinheiro e outros recursos, que acabam em grande parte desviados para os patrimônios pessoais de governantes, politicalha agregada e até de burocratas subalternos.

No Brasil, a esperteza assessorada por oportunistas dá de 10 x 0 nos "Opositores", cândidos políticos e homens da mídia que não saem de cima do muro. Até o dia que...

O Grande Apedeuta, não adepto aos livros, mas sempre atento aos intelectuais e banqueiros que não paravam de cochichar em seus ouvidos. Inteligente, ladino e ardiloso, tornou-se exímio na arte da política. Entre drinques finíssimos e até cachaça, estava sempre a pensar em artimanhas políticas, em discursos e até em estratégias e táticas, graças ao que ouvira de um tal Fidel e de alguns ex-companheirinhos, entre esses um tal de Zé Dirceu, fiel escudeiro que não se abriu nem mesmo estando no xilindró.

"... ao povo, para amolecer seu coração, propaganda, circo e um pouco de pão. Opinião manipulada, oh, que emoção! Sufoco a sua razão, povo vai amansando, se conformando com a situação. Porque somos poderosos, muitos nos criticarão. Tentarão, em vão, nos derrubar de cima de nossos alazões. Coitados, logo nós, protegidos com armaduras e lanças. Finalmente, teremos a boiada mansa, pelo medo de ser chuchada por nós... Avançaremos sobre outros territórios vizinhos e além-mar... Eu, Imperador Trabalhista... Oh, que emoção!..."

Mas quando menos se espera...

Chega o sonhado dia... um cidadão foi iluminado por uma nave espacial, e começou a falar, ainda mansamente, "Não posso deixar de falar... não somos o povo fraco e tanto que dizem que somos. Não somos! Absolutamente, não somos!"

De repente, todos se dão conta do que lhe fizeram. Alienígenas recém chegados à Terra, condoídos com o que viam a um certo tempo aqui, resolveram dar um ajuda: telepaticamente ensinaram muito àquele povo, reavivando o sub-consciente coletivo, aflorando habilidades e dons, até de ler pensamentos.

E aquele cidadão que primeiro se expressou e foi ouvido por todos, como se estivessem saindo de um longo sono, se aproximou do Grande Apedeuta, justamente, naquele momento que ele pensava sobre estratégias e o povo lhe servindo. Se aproximou, com cara de manso e inofensivo e, de repente, olhou para o Grande Apedeuta e o enfrentou com palavras e expressões que transmitiam poderio:

"Você, apedeuta boçal, de armadura de lata importada da China e chuchos por seus ex-companheiros feitos nas prisões, saiba que nós sabemos que você, oh, beberrão!, não passa de um grande e f#p@ vigaristão! Vamos pegar esse chucho e, oh, no seu fiofózão!"

Dito isso, o povo se encheu de coragem, avançou sobre Apedeuta e Apeudeutetes covardes e os derrubaram de seus alazões, tomaram chuchos e estiletes, fazendo-os prisioneiros. Foram levados para a Papuda, Bangu de 1 a 10, e outras penitenciárias. Clonaram o carcereiro Japonês da Federal, 10 para cada prisão. Também clonaram 1.000 Juízes SM e outros milhares Policiais Civis e Militares, Delegados, Promotores e Procuradores íntegros e confiáveis. Tudo isso, para garantir total Segurança durante a fase de transição para o Novo Brasil e evitar terríveis recaídas e violentas agressões à Democracia e ao Estado de Direito.

Fim.

Rir é o melhor remédio!
Disse o inigualável Barão de Itararé: "Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades".


Está explicado. Graças ao Barão de Itararé podemos entender porque os sonhos mais significativos para um povo não são concretizados.

AHT

profesora.sonia@gmail.com disse...

Prezados Polibio e Demétrio, os "intelequetuais" de esquerda são meros parasitas do pt (em minúsculas=perda total). Não saem de sua zona de conforto, pois, do contrário, se começarem a criticar o lulopetismo, sabem que perderão a "boquinha", o "cama, comida e roupa lavada" garantidos em CCs e em funções decorativas dentro das universidades públicas.

Felizmente, a ORCRIM petralha está no fim, e os parasitas mencionados terão que mostrar suas caras ordinárias, mostrando a sua "produção".

Anônimo disse...

https://youtu.be/yRNE9xA3WYY

VALE APENA

Anônimo disse...

Xi, não te empolga, esse daí só tem títulos e é um baita dum conversador fiado. É só mimimi!

Anônimo disse...

A lembrança de Allende recupera a memória de que o Chile ficou muito mais forte após a politica de Pinochet que, por linhas tortas, levou o Chile ao caminho de um futuro livre, decente e mais rico, o oposto do Brasil dos bolivarianos.

Anônimo disse...

Lenio Streck > Aquele que inverte efeito pela causa, em nome proselitismo jurídico brasileiro.

Anônimo disse...

Naquela época, Tarso Genro pedia a tal "refundação" do PT, para poder ganhar tempo de chegar ao governo do RS e jogar o estado em coma financeiro!

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