Réus do mensalão tentaram silenciar testemunha de acusação

Réus do mensalão, em julgamento no Supremo Tribunal Federal, os ex-dirigentes do Banco Rural fizeram de tudo para encurralar a principal testemunha da acusação, Carlos Roberto Sanches Godinho, ex-superintendente da área de Compliance do Banco Rural. De ações de indenização a mandados de busca e ordem judicial para vetar entrevistas, o Rural recorreu aos mais variados instrumentos para evitar que Godinho pusesse ainda mais em risco a imagem da instituição.

. Segundo o jornal O Globo, desde que saiu do banco, em setembro de 2005, ele não conseguiu mais emprego na área financeira. Hoje, divide seu tempo entre temporadas nas casas da filha, em Belo Horizonte, e do filho Sérgio, em Natal, Rio Grande do Norte. — Você vê como são as coisas: meu pai resolveu ajudar e foi como se a moeda virasse para o outro lado. Ele só fez o que achava certo. O ex-ministro da Justiça precisava saber disso, né? — diz Sérgio, criticando Márcio Thomaz Bastos, defensor de José Roberto Salgado, ex-diretor do Rural.

. Na sustentação oral no STF, Bastos tratou Godinho como “um ex-funcionário posto para fora” e “um falsário”, mencionando perícia particular feita pelo próprio Rural em documento relacionado a um processo trabalhista de Godinho contra o banco, que nada tem a ver com o mensalão. Bastos já anunciava a estratégia que seria repetida pelos outros advogados dos réus do banco.

. Mas não era dessa forma que o Rural tratava o ex-funcionário quando ingressou com a ação para proibi-lo de dar entrevistas, ou ainda ao pedir um mandado de busca e apreensão na casa dele, em 2005. Na ação, a empresa o trata como “ocupante de um cargo de confiança”, um dos responsáveis por “assegurar a ética e detectar as inconformidades com a lei e a regulamentação” e, por isso, detentor de informações sigilosas.

5 comentários:

Anônimo disse...

Quer dizer que Godinho denunciou as falcatruas ao ex-ministro da justiça que agora é o advogado do banco que cometeu as falcatruas? Puxa, precisamos começar a formar comunidades tipo os quilombolas para nos defendermos (e proteger as testemunhas) dos ministros da justiça, como esses e outros que protegem assassinos (vide história tarso/batistti) que ao invés de zelarem pela correição cometem desmando contrários à vontade geral da nação.

Anônimo disse...

o anonimo das 13:44 fez uma brincadeira mas eh isso mesmo...

precisaremos nos organizar em grupos para poder sobreviver nessepaiz, para que se possa assim ter algum poder de pressão...

o cidadão individual, aquele que quer viver sua vida tranquilamente e sem ter que participar de turmas ou grupos, ficara cada vez mais fraco e deixado por conta própria, porque as leis não irão mais ampara-lo...

estamos chegando a era da "coletividade obrigatória"...

quase como nos tempos das barbáries, onde era preciso se organizar em tribos ou grupos para pode sobreviver aos constantes massacres e ataques de outros grupos...

Anônimo disse...

Esse e aquela testemunha que trabalhava no Banco do Brasil e não quis dar ares de legalidade ao peculato do Pizzollatto, são os maiores prejudicados nessa história. Perderam seus empregos e diante do poder dos acusados foram impedidos de tocar suas vidas regularmente para frente.
Onde está o Brasil do Bem?
Esses não tem nenhuma ONG que os defenda.
Tanto dinheiro que o governo joga fora em ONGs fajutas, bem que poderia entregar algum para uma ONG que se dedicasse a defender testemunhas do bem e que falam a verdade contra desmandos de criminosos poderosos.

Anônimo disse...

De fato, o Brasil vai de mal a pior.
O pouco que tínhamos de moral já se foi faz tempo.......

Anônimo disse...

Como silenciar "testemunhas"!!!!

Quem testemunhou, testemunhou. A denuncia já foi oferecida pelo MP e agora está na faze de julgamento. Só falam os Ministros.

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