Ainda são manifestações de mera vontade os Planos Nacional e Estadual de Irrigação. Os governos federal e estadual abrirão licitações para contratar as consultorias que farão os estudos para a modelagem dos dois Planos.
. Sem irrigação, safras de grãos dependem do bom humor do clima. No RS, safras ruins alternam-se em muito maior quantidade com safras boas. A safra 2011/2012 é o maior exemplo de safra ruim.
. O Plano Nacional de Irrigação não é propriamente nacional, porque beneficiará apenas oito Estados: Ceará, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas, Goiás, Tocantins e Rio Grande do Sul.
. No caso do RS, Yeda Crusius elaborou um Plano Estadual, criou a secretaria da Irrigação e tocou adiante um ambicioso programa de obras na área, inclusive as mega-barragens de Taquarembó e Jaguari, cada uma capaz de acumular até 120 milhões de m3, 4 vezes mais do que a barragem de 30 milhões de m3 embargada em Caxias do Sul e que abastecerá de água todos os 400 mil habitantes da cidade.
. O governo Tarso Genro acabou com o Plano Estadual, acabou com a secretaria de Irrigação e paralisou as obras da mega-barragem de Taquarembó, que estava com 86% das obras concluídas e com 80% do valor contratado de R$ 60 milhões inteiramente pagos à Odebrecht. A mega-barragem de Jaguari teve seu valor renegociado com a Sultepa e as obras foram reiniciadas.
- O RS dispõe de apenas cinco barragens de grande porte: Chasqueiro (Sudesul), Duro (CNOS), Capané (Irga), todas construídas antes do governo Pedro Simon, que dobrou o número, entregando duas no Arroio das Canoas e uma no Rio Vacacaí. Yeda começou a construir mais duas: Jaguari e Taquarembó. Para dar conta das necessidades do RS, seria necessário erguer outras 80 barragens, sem contar os açudes e cisternas que constituem outro programa de irrigação.
* O editor conversou com o ex-secretário da Irrigação, Rogério Porto, para analisar melhor o assunto.
CLIQUE na foto para ver melhor. Trata-se de flagrante das obras da mega-barragem Jaguari.
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