No artigo que escreveu esta semana para o jornal O Estado de S. Paulo, o professor de Ética e Filosofia da Unicamp, Roberto Romano, escreveu que Platão foi quem melhor entendeu a luta política, apelando em favor do grego o exemplo abaixo:
- Basta ler jornais para saber o quanto seu diagnóstico é certeiro. Parlamentares e governos do Brasil atual, na maioria das vezes, legislam em proveito próprio, agem como lobistas de interesses alheios aos da cidadania. "Na cidade em que a lei é súdita e desprovida de soberania, a destruição é iminente; naquelas, ao contrário, onde a lei é a soberana dos governantes, sendo eles escravos da lei, vejo salvação e todos os bens" (Platão). A realidade brasileira é oposta ao enunciado justo. Aqui, os donos do poder torturam a lei e a distorcem em benefício pessoal ou partidário.
Ao final do artigo, Roberto Romano adverte com sabedoria:
Mas, de outro lado, toda lei deve ser interpretada segundo a justiça. Nem descompromisso nem fetiche legal. A prudência indica o caminho: "Quem dá a cada um o que lhe pertence porque conhece a verdadeira e necessária razão das leis age em constante acordo consigo mesmo e por seu próprio decreto, não por decreto alheio: ele merece, pois, ser reconhecido como justo" (Baruch Spinoza, Tratado Teológico-Político.
Mas, de outro lado, toda lei deve ser interpretada segundo a justiça. Nem descompromisso nem fetiche legal. A prudência indica o caminho: "Quem dá a cada um o que lhe pertence porque conhece a verdadeira e necessária razão das leis age em constante acordo consigo mesmo e por seu próprio decreto, não por decreto alheio: ele merece, pois, ser reconhecido como justo" (Baruch Spinoza, Tratado Teológico-Político.
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo.
3 comentários:
Enquanto existir o voto proporcional, esta sempre será a nossa representação legislativa.Não há como o eleitor fiscalizar os nossos "representantes", a midia pra isso não serve por ter seus próprios interresses junto ao Ministério da Comunicação.
O melhor para um País extenso como o nosso é o voto distrital.
Pergunta que não quer calar, vamos fazer efetivamente o que para mudar isso?
Concordo com Platão, Aristóteles..., mas para "impormos" um Estado Democrático de direito precisamos de homens que visem o bem comum, precisamos de cidadãos. Quem se manifesta?
Ora, o diagnóstico do Platão é perfeito - concordo plenamente - pena que o Sr. Roberto Romano não percebeu isso antes, ao contrário de Olavo de Carvalho, filósofo e único cientista político brasileiro que o Sr. Políbio me parece fazer questão em ignorar.
O Sr. Roberto Romano é aquele marujo que avisa que o barco está afundando depois que a água já está pelo pescoço.
Peço ao editor que aceite um comentário, mais uma vez, como uma crítica construtiva e um conselho de quem está do mesmo lado. Peço que não deixe este blog virar apenas mais um informativo sobre as falcatruas políticas, é preciso que o marujo analise o que ocorre no presente para acionar o alarme antes do barco começar a fundar.
Peço que o Sr. Políbio tenha humildade, leia e assista quem estuda e já falou sobre esses fatos há mais de 20 anos.
Peço que não tire como base para seus comentários as notícias da TV e dos jornais, meios esses já contaminados e sob controle de interesses econômicos e políticos, pois o editor muito embora faça críticas veementes contra esses veículos de comunicção, não percebe a finalidade última das reportagens publicadas, porque não pesquisou a VERDADEIRA estratégia esquerdista traçada há mais de 50 anos atrás, lendo-se engenharia social, muito bem explicada pelo Padre Paulo Ricardo no YouTube sob o título ¨Marxismo Cultural¨.
Tenho certeza que o editor assistindo ao Padre Paulo sobre tal tema, vai mudar bastante a forma com que faz analogia aos fatos comentados, basta ter boa vontade.
Abraços aos leitores e ao editor.
Postar um comentário