A oposição comemorou ontem a demissão do ministro Antonio Palocci (Casa Civil), mas considera que a crise política do governo não acaba com a sua saída. DEM, PSDB, PPS e PSOL vão insistir para que Palocci apresente explicações ao Congresso sobre sua evolução patrimonial, porque consideram que o ministro deixa "perguntas sem respostas".
. Apesar da ofensiva, os oposicionistas reconhecem que terão dificuldades para conseguir as 27 assinaturas necessárias para instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Senadores governistas que tinham aderido à CPI recuaram da decisão com o afastamento de Palocci, como Pedro Taques (PDT-MT) e Cristovam Buarque (PDT-DF).
. "Não há mais razão para CPI. Se o Palocci saiu, a investigação política perde a razão", disse Cristovam. Além da instalação da CPI, a oposição vai apresentar novos requerimentos com convites para que Palocci se explique à Câmara e ao Senado. Como ex-ministro, Palocci não pode mais ser mais convocado para falar ao Congresso, apenas convidado.
Um comentário:
Legal e bastante interessante esta nova tese defendida pelos malandros que mamam na política: se o envolvido se demitiu o crime não existiu. Se bobear esta regra periga virar súmula do STF.
Postar um comentário