Artigo - site da revista Veja - 28 de outubro de 2009
por Reinaldo Azevedo
Tarso Genro diz que a violência do Rio pode se repetir em outras cidades? É mesmo! O que seria de nós sem este farol para iluminar o passado, não é mesmo? Sempre fico comovido quando um governante chega à beira de dizer algo como: “E o governo não toma nenhuma providência!”.
O governo a que Tarso pertence prometeu, por exemplo, construir cinco presídios federais. Entregou apenas um. O segundo ainda não está concluído. Caminhando para o seu oitavo ano, o governo Lula ainda não tem um verdadeiro Plano Nacional de Segurança Pública.
Precisamos de Tarso para fazer a crônica dos riscos que corremos? O que ele pretende com a sua fala? Que, diante de uma eventual eclosão de ações violentas, digamos algo como: “Bem que o Tarso avisou; homem previdente este!”?
Entendo a sua mentalidade. Sua pretensão era dizer algo como: “Olhem! Não tenham preconceito com o Rio, hein!? Nos demais estados, a situação também é muito difícil”. Pois é. Sabemos todos. A centro nervoso da questão está no tráfico de drogas e de armas, dois crimes federais, sob a alçada da Polícia de que ele é o chefe: a Federal.
Vi ontem uma entrevista sua. Falava daquele seu modo pausado, como quem refletisse profundamente. Afirmou que tudo será feito para garantir a segurança em 2016. Um país que estivesse com os meridianos ajustados poderia se sentir ofendido. A pergunta óbvia é está: não fosse a Olimpíada, tudo seguiria no mesmo ritmo?
Ademais, há uma questão de lógica elementar: digamos que o governo fizesse um investimento tal, com tal competência, que o crime organizado realmente não encontrasse saída no Rio. Se o plano de combate ao crime organizado não for nacional, ele simplesmente vai se deslocar do Rio para alguma outra cidade que seja, então, menos hostil. Isso é tão óbvio, não? Isso é tão lógico!
O petismo e as esquerdas sempre acusaram a Dona Zelite de ser deslumbrada; de ver a si mesma e ao país através do filtro do olhar estrangeiro. Eis aí. O mundo aponta o dedo para a violência do Rio e diz: “Aquela cidade quer realizar a Olimpíada?” E os petistas acordam de seu delírio: “Nossa! Precisamos fazer alguma coisa!”.
Uma das ações em que pensa o ministério de Tarso é botar na rua os “pequenos traficantes”. Não sei qual a intenção: em termos estritamente econômicos, só posso pensar em alguma coisa que poderia ser chamada como “maior democratização da oferta”. De drogas!
Um dia ainda cheiram todo o Brasil!
Um comentário:
Caro Políbio,é urgente e obrigatório,por parte dos radialistas,apresentadores,animadores,entre outros palhaços, contratados pelas redes de comunicação ou mídia em geral,e que têm por objetivo,apenas,de entreter os ignaros e parvos ouvintes e telespectadores,que acessassem o seu blog,bem como o blog do caro Reinaldo Azevedo,Olavo de Carvalho,o Mídia Sem Máscara,o site do grande Padre PAULO RICARDO ( www.padrepauloricardo.org ),entre outros,pois é DOLOROSO ouvir e ver tanta merda proferida por esses auxiliares ( alguns por parvoíce mesmo,outros por porque se ACHAM os mais "sábios",os mais "bem informados" sobre tudo,hehe )que infestam rádios e TVs...
SE a massa ignara e parva, já caminha de quatro sem esforço,o que dirá,então,com o auxílio destes "marxistas culturais",que,inclusive,citam,no ar,livros de autores marxistas culturais daqui mesmo,do MPE???!!!
KIRK
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