No mesmo dia em que a Gas Energy anunciou investimentos de US$ 1,2 bilhão num terminal de estocagem e reigasificação de gás natural liquefeito e numa usina de 1 mil MW em Rio Grande, o grupo Braskem confirmou que seu Conselho de Administração aprovou um investimento milionário de R$ 500 milhões para fabricar polietilino verde em Triunfo, no RS.
. O projeto visa à produção de 200 mil toneladas/ano de eteno e polietileno a partir de etanol de cana-de-açúcar, com início das operações previsto para 2011 no Pólo de Triunfo, no Rio Grande do Sul.
. A decisão da Braskem também viabilizará a ampla disseminação do plantio da cana de açucar nas Missões, Fronteira Oeste e Litoral Norte do RS, onde serão instaladas mega-usinas de etanol.
. A Braskem já concluiu a etapa conceitual e de projeto básico. No início de 2009, inicia-se a fase de detalhamento e início das obras. A empresa já fez a reserva firme dos equipamentos críticos do projeto, como o compressor de gás de carga e compressor de trem frio. São equipamentos de alta tecnologia que precisam ser encomendados com antecedência para garantir o cumprimento do cronograma. Para financiar o que será a primeira operação em escala comercial no mundo para produção de polietileno a partir de matéria-prima 100% renovável, a Braskem planeja utilizar 30% de recursos próprios e buscar financiamento para os 70% restantes.
. Com demanda já identificada no mercado internacional de aproximadamente 600 mil toneladas/ano, três vezes a capacidade desta unidade pioneira, o polietileno verde tem potencial para comandar um prêmio de aproximadamente 30% sobre o preço do polietileno de origem não-renovável. Assim, este projeto pode ser o primeiro de outros de maior escala que estão sendo analisados e tem um retorno estimado em US$ 200 milhões, em valor presente líquido.
“A aprovação deste projeto pelo Conselho demonstra a confiança da Braskem no potencial de criação de valor do projeto e o cuidado da Administração com a disciplina financeira, investindo seletivamente em projetos de alto retorno”, avisou Bernardo Gradin, presidente da Braskem, que aduziu: “Um projeto como esse abre perspectivas muito positivas para o desenvolvimento de produtos plásticos feitos a partir de matérias-primas renováveis, um campo em que o Brasil possui vantagens competitivas naturais e com grande potencial de demanda”.
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