Saiba como o câmbio garroteia a indústria

É consistente a sondagem que a CNI (Confederação Nacional da Indústria) acaba de fazer junto a 1.564 empresas industriais entre 26 de julho e 6 de agosto, com o objetivo de conhecer os efeitos do câmbio sobre suas operações. A sondagem confirmou que a valorização do real reduziu a competitividade dos produtos brasileiros e causou danos à posição de mercado das indústrias. Neste espaço a história já foi contada muitas vezes.

. O editor desta página foi buscar os dados junto ao ex-presidente da Fiergs, Dagoberto Godoy, que além do escritório de advocacia que possui em Caxias do Sul, também trabalha como consultor de empresas, entre as quais a CNI.
Competição interna – 37% das empresas brasileiras concorrem com produtos importados no mercado doméstico. De cada três delas, duas perderam fatias para o concorrente estrangeiro.

Competição externa – Metade das empresas exportadoras deixou de exportar ou perdeu fatias no mercado internacional nos últimos 12 meses. As empresas de porte médio são as que mais sofrem.

Maior utilização de insumos – 81% das grandes empresas, 61% das médias e 41% das pequenas, usam insumos importados. E vão usar mais.

Reação no mercado interno – Nove em cada dez empresas melhoraram suas estratégias para combater o concorrente estrangeiro, usando os preços e a redução das margens de lucro. As grandes preferiram apostar em qualidade, design, marcas e marketing.

Reação no mercado externo – 78% das empresas mudaram a estratégia para estimular as exportações. A principal estratégia (48% das empresas) foi a redução de custos.
E-mail:
godoy@terra.com.br

Nota do editor – Com o dólar barato, apesar da reação dos últimos dias, o superávit comercial encolhe a olhos vistos, porque as importações dispararam (mais 51,6% este ano) e as exportações sobem pouco (mais 27,3% este ano).

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