Eleições: no Brasil, a assepsia dos cemitérios e o silêncio das ditaduras

McCAIN 48% X OBAMA 45%!
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A censura à imprensa estabelecida pela legislação eleitoral e aplicada livremente pela Justiça Eleitoral, é neste momento mais odiosa do que a censura à imprensa promovida pela ditadura militar, porque vem travestida com ares de defesa da democracia.

. Na época da ditadura militar, o editor desta página foi preso inúmeras vezes, processado outras vezes, censurado, exilado e obrigado a publicar receitas de bolo e poesias no lugar de notícias que não podia divulgar.

. O que mudou agora ? O que mudou é que o editor desta página é obrigado a analisar as eleições americanas, escolher candidatos americanos, porque está proibido de fazer isto no caso das eleições brasileiras.

. Quem assistiu a Fox e a CNN (quem tem dinheiro para pagar NET e Sky) pode perceber o que foi a enxurrada de notícias, entrevistas, debates, pesquisas, críticas, análises e imagens sobre as eleições nos Estados Unidos. Há vida nas eleições americanas. Até mesmo as convenções partidárias receberam tratamento VIP, com transmissões ininterruptas, ao vivo, durante horas e horas.

. A coisa é tão patética para os brasileiros, que há mais análises sobre as eleições americanas do que sobre as eleições locais. O Jornal O Estado de S. Paulo de ontem, por exemplo, trouxe quatro das suas páginas do suplemento “Aliás” sobre o caso americano, claro que com críticas ferozes para cima de Sarah Palin, o novo fenômeno eleitoral dos EUA, que em apenas duas semanas projetou McCain e fê-lo ultrapassar o “já vitorioso”, “invencível” Barak Obama, candidato de dez entre cada dez candidatos a prefeito de Porto Alegre.

. Os legisladores e os juizes eleitorais emascularam as eleições brasileiras, a pretexto de proteger o mais fraco e permitir a igualdade de oportunidades. As ruas estão mais assépticas, é verdade, do modo como estão assépticos os cemitérios, e há muito mais silêncio na mídia, sim, mas o silêncio típico das ditaduras fascistas mais selvagens.



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