A maior vitória de Uribe
Clipping / O Estado de S. Paulo / Editorial / Sexta-feira, 4 de julho de 2008.
A maior vitória de Uribe.
Foram libertados, sem o disparo de um tiro, a ex-senadora Ingrid Betancourt, 3 cidadãos norte-americanos e 11 policiais e militares colombianos, que formavam o núcleo de reféns politicamente mais valioso para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). As descrições da operação militar e de inteligência, tanto a feita pela política seqüestrada como a do ministro da Defesa, fazem lembrar o velho ditado: em política, nem tudo o que parece, é. Falta verossimilhança às duas versões, aliás idênticas na essência e até em alguns detalhes. Mas as declarações feitas por Ingrid Betancourt na base aérea de Bogotá, para onde foi levada após o resgate, sugerem o que deve ter ocorrido na realidade. "Os guerrilheiros que eram nossos guardas foram deixados vivos e espero que continuem vivos. Eles não têm culpa de nada. Deus queira que eles não estejam sujeitos aos métodos de justiça dos guerrilheiros."
(...) Não terá sido por coincidência que, na quarta-feira, Ingrid Betancourt e seus companheiros de infortúnio tenham conseguido embarcar em dois grandes helicópteros, escoltados apenas por dois membros do comando militar das Farc, um dos quais foi o carcereiro da ex-senadora durante seis anos.
(...) Não foi à toa que Ingrid Betancourt, no dia seguinte à sua libertação, tenha dirigido um apelo a "vários presidentes latino-americanos" que usem sua "influência" sobre os comandantes das Farc para que "deixem o terrorismo e tomem o caminho da negociação". Além disso, pediu a Chávez e a Correa que restabeleçam "vínculos de amizade, de fraternidade e confiança" com o presidente Álvaro Uribe. No dia anterior ela havia dito que a mediação dos presidentes da Venezuela e do Equador era importante, mas com uma condição: "O respeito à democracia colombiana, representada pelo presidente Álvaro Uribe. Os colombianos elegeram Álvaro Uribe, não as Farc."
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