Duas ou três coisas que você precisa saber sobre o empréstimo de US$ 1,1 bilhão


A mais recente trama conspiratória descoberta no entorno fundamentalista guasca, gira em torno do empréstimo de US$ 1,1 bilhão que o Banco Mundial concederá ao governo do RS.

. “Está tudo coberto de sigilo”, decretam as vivandeiras do apocalipse guasca, ignorando que a Secretaria do Tesouro Nacional (Arno Augustin, ex-secretário da Fazenda de Olívio Dutra) e todos os Senadores, incluindo Ideli Salvatti e Aloísio Mercadante, aprovaram todos os termos da negociação, já que o governo do PT avalizará o empréstimo. Ora, o sigilo correria por conta do envelope contendo a cópia do ofício da secretaria da Fazenda, número 797/2008. “rubricado pelo senador Mercadante”, que, como se sabe, é um tucano disfarçado de petista, portanto um “amigão” de Yeda e do RS. O senador paulista é um aloprado que não lê o que recebe ?

. O empréstimo está sendo vendido como a redenção das finanças públicas gaúchas ? Por Deus, como pode ser vendido desta forma um empréstimo de US$ 1,1 bilhão que servirá para repactuar parte da dívida total de R$ 35 bilhões ? Isto mal representas 6% do estoque total da dívida do Estado.

O GOVERNO GANHARÁ R$ 200 MILHÕES COM O NOVO CONTRATO

1) Mas o vice Paulo Feijó, acha que o governo estadual deveria acertar algum hedge (proteção) sobre o contrato em dólar. Ora, o contrato de financiamento concedido pelo Proes para salvar o Banrisul, prevê correção pelo IGP-DI, com certeza o mais perverso dos índices em vigor no Brasil. “É o índice que mais sobe nos últimos tempos”, disse nesta quarta-feira ao editor o economista Darcy Carvalho dos Santos. Qual é o hedge existente neste contrato ?

2) Ora, senhores, este contrato tornará o serviço da dívida muito mais barato, alongará o prazo da dívida extra-limite e dará fôlego ao governo estadual. O Dmae e até o BNDES e a Petrobrás, tomam dinheiro igual. Não existe de nada mais vantajoso no mercado internacional. O governo estadual vai ganhar R$ 640 milhões ao longo do contrato de 30 anos (2008 e 2013, concentrando as maiores amortizações, em cinco anos, produzirá economia de R$ 400 milhões, a maior parte) com a troca dos juros. Para quem não conseguiu sequer R$ 20 milhões para investir no ano passado, não é pouco dinheiro.

3) Qual é o problema do empréstimo em situação tão vantajosa ? É que ele não pode ser feito pelos governos Collares, Olívio Dutra ou Germano Rigotto, mas por Yeda, que demonstrou mais competência.

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