A prisão política do ex-presidente Bolsonaro é o caso de uma prisão anunciada.
Ao ser preso, Bolsonaro marca dramática posição política contra o regime e reafirma sua liderança
Bolsonaro não se exilou por que não quis e fica claro que queria e quer expor o caráter ditatorial do atual regime político comandado pelo consórcio Governo do PT+STF, tendo como seus líderes o presidente nomeado Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes, cujo foco é manter o sistema corrupto de dominação do povo brasileiro vigente há 500 anos. Ele também reafirma sua liderança.
Trata-se de uma decisão política, do mesmo quilate de gestos tão dramáticos quanto foi o tiro que deu no próprio peito o ex-presidente Getúlio Vargas. A prisão desta manhã terá amplos desdobramentos internos e externos - e nenhum deles beneficia o consórcio Moraes e seus asseclas.
A oposição está, agora, com uma bandeira de luta política de conteúdo extremamente dramática, cujo personagem principal é o irrenunciável condutore atual do processo de libertação nacional.
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Bolsonaro foi preso com requintes de crueldade, bastando examinar as falsas alegações e a data que escolhidas pelo ministro Alexandre de Moraes, o carrasco escolhido pelo sistema para intimidar a oposição brasileira e o seu líder, no caso o ex-presidente:
A alegação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes expediu, hoje, sábado, ordem de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido foi feito pela Polícia Federal. Na justificativa de 17 laudas, que li e publico no meu blog, cuja leitura recomenda, Moraes alegou falsamente que Bolsonaro poderia fugir, já que teria tentado romper sua tornozeleira eletrônica nesta madrugada, aos minutos, e que, além disto haveria tumulto diante da casa do ex-presidente, já que Flávio Bolsonaro tinha convocado vigilia de orações para hoje e que Bolsonaro aproveitaria a ocasião para fugir.
O caso da tornozeleira
Tentou romper a tornozeleira eletrônica é razão para decretar prisão fechada, antes mesmo do início da execução da pena de prisão de 27 anos ? Tentou romper ?
E iria aproveitar a multidão da vigília de orações para fugir, portanto muitas horas depois da tentativa de romper a tornozeleira ?
A questão da data
Dia 22 é o número do Partido do Bolsonaro. É data escolhida a dedo. Moraes já tinha feito isto quando multou o PL em R$ 22 milhões. De novo o número 22, ou seja, o número do Partido de Bolsonaro.
Tem razão o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, ao denunciar que isto é coisa de psicopata.
E é.
O problema é que o psicopata é um dos diretores desse hospício em que se transformou o atual regime autoritário brasileiro, bancado por um sistema que colocou na direção o consórcio STF+Governo Lula.
Bolsonaro foi preso em casa, 6h da manhã, onde cumpria prisão domiciliar.
O ex-presidente ainda dispõe de recursos no âmbito do processo político em curso no STF, mas Moraes decidiu prender Bolsonaro de imediato, no caso uma prisão cautelar e não de início de cumprimento de sentença.
Ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde se encontra em uma sala de Estado, espaço reservado para autoridades como presidentes da República e outras altas figuras públicas.
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E agora.
No curtíssimo prazo, é esperar pelo pior, porque tem razão o ex-ministro gaúcho Onyx Lorenzoni, quando, no vídeo que publico esta tarde, diz que se trata de eliminação do adversário, física e moralmente, algo abominável, vingativo, ilegal, mas submetido a uma lógica interna poderosa, que é a tentativa de perpetuação dos podres sistema de dominação política.
No curtíssimo prazo é isto.
Num prazo mais longo, trata-se de ir para cima do Congresso e exigir a imediata aprovação do projeto de anistia política ampla, geral e irrestrita, não apenas para livrar Bolsonaro, mas centenas e centenas de patriotas que estão sob investigação, denúncia, julgamento, na cadeia ou exilados.
Para isto será preciso que as lideranças da Oposição façam o povo sair para as ruas e ampliar dramaticamente o movimento de protesto nas redes sociais.
Não basta tirar notinhas oficiais e nas redes sociais.
É isto.
Bolsonaro vive.
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