Saiba por que o compadrio do STF não beneficiará os empreiteiros do Petrolão

Os repórteres Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Júlia Affonso, contam hoje no Estadão que segundo integrantes da força-tarefa, decisão do Supremo Tribunal Federal de tirar da cadeia e transferir para o regime mais brando nove empreiteiros denunciados no bilionário esquema de corrupção na Petrobrás não vai criar obstáculos aos processos.

Leia tudo, mas leia também a próxima nota do editor:

A decisão do Supremo Tribunal Federal de livrar da cadeia e transferir para o regime de prisão domiciliar nove empreiteiros denunciados no bilionário esquema de corrupção e desvios na Petrobrás não vai criar obstáculos ao ritmo dos processos da Lava Jato conduzidos pelo juiz federal Sérgio Moro, avalia a força-tarefa responsável pelas investigações. Pelo cronograma, a partir de junho começam a ser expedidas as primeiras sentenças nas cinco ações penais que têm os executivos como réus.

Na opinião dos investigadores, os executivos das empreiteiras têm pouca chance de escapar da condenação pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro em primeira instância. Alguns respondem ainda por formação de organização criminosa e por uso de documentos falsos.
As acusações tratam da corrupção e dos desvios comprovados pela força-tarefa em contratos apenas da Diretoria de Abastecimento - que era a cota do PP no esquema.

Contra eles, foi reunida farta documentação de prova material e técnica, como quebras de sigilos fiscal, bancário e telefônico, que somadas às confissões de delatores e às provas produzidas pela própria Petrobrás - dentro de suas apurações administrativas - servirão como base para o julgamento de Moro.

Até agora, apenas um processo da Lava Jato envolvendo a estatal foi julgado. Nele, que trata da lavagem de dinheiro usada para desviar recursos da obra da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, Costa, Youssef e outros seis réus foram condenados por crimes que integram as cinco ações penais contra os executivos. O ex-diretor de Abastecimento não recebeu perdão judicial e foi sentenciado a 7 anos de 6 meses de reclusão. Deste total serão descontados os períodos em que ficou preso na Polícia Federal em Curitiba e em regime domiciliar, que cumpre desde outubro de 2014.

Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato sustentam que a decisão do Supremo não altera as acusações contra empreiteiros e executivos das principais construtoras do País. Para eles, a necessidade de prisão dos réus, incluindo o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa - apontado como o coordenador do cartel -, e o presidente afastado da OAS, José Aldemário Pinheiro, o Leó Pinheiro, está mantida.

A 2.ª Turma do Supremo, em decisão apertada (3 a 2), tirou os executivos da cadeia após cinco meses e meio, mas estabeleceu restrições na prisão domiciliar, entre elas o uso de tornozeleiras eletrônicas.
Cartel. Com a fase final desses primeiros processos que têm como réus executivos de seis empreiteiras, a força-tarefa da Operação Lava Jato entra em nova etapa envolvendo obras da Petrobrás descobertas partir das revelações das delações premiadas.

6 comentários:

Anônimo disse...

Polibio, 7 anos de 6 meses de reclusão é muito pouco de cadeia para esses engravatados, vão cumprir no máximo um sexto disso, deveriam ser condenados à pena máxima de 30 anos, e mesmo assim só ficariam presos durante 5 anos, sem dúvida o crime compensa neste país!

Anônimo disse...

Teori Zavasky tem passado nebuloso na falência do Sul Brasileiro. Já Toffolli todos sabem que foi advogado do PT. A novidade é Gilmar Mendes que sem dívida está sob suspeita.
Alguém tem dúvida que a justiça brasileira, em todos os níveis está ocupada por petistas ou corruptos?
Quanto ao canalha do Tarso Genro, ninguem lembra que este cretino foi o primeiro a pedir o impchement do Fernando Henrique Cardoso e agora se coloca como defensor do estado de direito.
É um ser da pior espécie e não se elejerá nem para porteiro de zoológico.

Anônimo disse...

Não devemos nos iludir, no Brasil estão dando no em pingo dagua.

Anônimo disse...

Concordo com o Anônimo de 3 de maio de 2015 15:03. Esta é a pior constatação: no Brasil, o crime compensa. Não sei o que será do nosso país.

Anônimo disse...

A maioria dos investigados/denunciados do Petrolão (operadores de dentro da Petrobrás, doleiros, empregados e donos de empreiteiras, etc.) não têm foro privilegiado, portanto não serão julgados pelo STF!!!

Anônimo disse...

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Porque o 'editor' não usa cor preta em seus textos?

Tenho um pouco de idade e com isso fica muito difícil de ler os textos escritos com letra clara, me parece um cinza claro, sobre fundo branco.

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