No artigo que escreve hoje no seu blog, o economista Darcy Francisco Carvalho dos Santos lembra que há muito tempo adverte que o atual governo
estadual concedeu reajustes salariais incompatíveis com a capacidade das
finanças estaduais até 2014, estendendo-se em alguns casos até 2018. Na análise, o economista avisa que Tarso só conseguiu pagar a sua parte porque meteu a mão no caixa único e nos depósitos judiciais, sacando deles vários bilhões de reais, esgualepando-os. Sartori não poderá fazer o mesmo e além disto pagarão aumentos que foram concedidos pelo atual governo. Leia o texto, que foi copidescado pelo editor. Ao final, link para ler a íntegra de tudo.
Nesta semana o governo do Estado acaba de colocar um encarte publicitário nos
jornais sob o título “RIO GRANDE DO SUL – GOVERNO DO ESTADO – PRESTAÇÃO DE
CONTAS 2011-2014”, onde traz inúmeras informações, mas que vamos nos ater
somente ao objeto desta análise, que são os reajustes salariais a algumas
categorias de servidores. Isso está na página 2, à direita, em baixo, meio
acanhado, parece que com medo de alguma crítica, sobe o título Reajustes
do funcionalismo 2011-2014, cujos dados estão transcritos na tabela em baixo,
nas colunas 1 e 2, tarjadas. Tomamos o ganho
real da Tabela e calculamos o ganho real anual (taxa geométrica de quadro
anos). Ato contínuo, multiplicamos o ganho real das categorias envolvidas
pela participação dos órgãos envolvidos na folha da Administração Direta. A
folha da Administração Direta corresponde a mais de 95% da folha do total
do Estado, porque uma parcela significativa da administração indireta
corresponde às pensões, que pelo critério da paridade sofrem os mesmos
reajustes das categorias que lhe deram origem. Então, para
categorias que representam mais de 62% da folha foram concedidos reajustes reais
médios anuais que variam de 10,2% a 20,9%, quando a receita cresceu 2,4%. Essa
conta não fecha! Considerando a representatividade dessas categorias na folha
estadual, calculamos um reflexo médio na folha estadual de 11,6%, o que
corresponde a 4,9 vezes o crescimento médio da RCL, que foi de 2,4% do período
2011-2014, estimando–se em 3% o ano de 2014. E mesmo que a
RCL tivesse crescido 4,6%, que foi o desempenho médio da era de ouro que foi
1999-2010, os reajustes ainda seriam 2,5 vezes o crescimento da RCL. O atual governo só conseguiu conceder esses
reajustes porque usou todos os recursos dos depósitos judiciais R$ 5,665
bilhões, mais uma soma considerável no caixa único resultante de outras fontes
e uma parte de recursos de operações de crédito. E ainda concedeu o maior
percentual para o magistério, a maior folha, para vigorar a partir de
novembro/2014, com incidência integral no ano seguinte. O problema
disso é que o próximo governo terá a folha aumentada nessas proporções (e ainda
crescente, porque os reajustes vão até 2018 para algumas categorias) e sem a
receita para seu pagamento. E o mais grave ainda é que certas categorias
receberão reajustes até novembro de 2018. Resumindo: o
Estado não suporta esses reajustes com a receita ordinária e mesmo com receitas
extraordinárias, terá que fazer engenharias financeiras que não as divisamos.
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo.
2 comentários:
Que os aumentos ao funcionalismo estavam fora das condições financeiras do Estado era cristalino, fato, com certeza, de conhecimento do eleito Sartori, o qual, espero,não use este discurso para justificar "lamúrias". Até ai tudo bem, só não entendo como, em face da alegada penúria do erário, os deputados aprovam aumentos significativos nos seus vencimentos, incluindo o futuro Governador. Também espera-se, diante dos fatos, que não deixe de corrigir os ganhos dos servidores sob o armento de que não tem "verba" disponível.
Destrave a iniciativa privada,
Sartori, são horrores de barbaridades de regras do governo do estado que impedem os setores
produtivo de deslanchar em atividades já existentes e também evitam o desenvolvimento de novas atividades. Se você tem
equipe isso é possivel, como
ex-prefeito você sabe os incontáveis prejuizos que uma
prefeitura pode provocar só com a criação de dificuldades, imagine um governo de estado. Crie facilidades e terá progresso, crie dificuldades e terás um governo petralha, mero plantador
de miséria e assaltante de cofres públicos. Em frente.
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