A prefeitura de Porto Alegre arrecadou R$ 52 milhões com
a venda de ar no leilão de ontem de índices construtivos, conforme a Lei do
Solo Criado, implementada em 1988 pelo então prefeito Alceu Collares, visando
permitir construções fora dos padrões do Plano Diretor Urbano e Ambiental.
. O valor é quase o dobro do total que o governo estadual
implementou de renúncias fiscais para ajudar a implantação das chamadas
estruturas provisórias do Beira Rio.
. O prefeito José Fortunati esperava faturar R$ 36,8
milhões, mas a procura foi tão grande que o ágio elevou-se para 41%,
estabelecendo o recorde de vendas.
. Pelo menos 22 dos 27 lotes vendidos correspondem à
Macrozona l, que é a que engloba áreas que vão do centro até a Terceira
Perimetral.
. Nesta sexta, a prefeitura poderá faturar mais R$ 50
milhões, já que estarão à venda mais 35 lotes.
. A prefeitura tem um total de 270 mil m2 de índices para
oferta pública.
. Lei municipal exige que o dinheiro seja aplicado em
obras de infraestrutura urbana, o que será uma bênção dos céus para Fortunati,
atrapalhado pelo açodamento que teve ao iniciar 14 grandes obras viárias para
as quais não tinha fundos em caixa.
. Um dos projetos beneficiados pelo leilão é o Shopping
Floresta, pertencente ao grupo Isdra, que estava travado por obstáculos criados
pela prefeitura. O hotel previsto no projeto estava com problemas de metragem
insuficiente. O grupo comprou quatro mil m2. Agora, o grupo pretende concluir seu
projeto nos próximos 12 meses. Ontem ao meio dia, a direção da Isdra comemorou
a conquista.
Um comentário:
Finalmente vai sair o Shopping Floresta!
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