Vale a pena ler a íntegra do artigo assinado no jornal Zero Hora pelo Procurador Geral do Ministério Público de Contas, integrante da estrutura do Tribunal de Contas do Estado do RS, Geraldo Da Camino, intitulado "O cadáver da República". Ele critica com justiça os (falta de) critérios para a escolha de ministros do Tribunal de Contas da União, aproveitando como gancho a recente, vergonhosa e escandalosa nomeação da mãe do Governador de Pernambuco, o socialista Eduardo Campos. Geraldo da Camino evitou falar sobre o caso do Tribunal de Contas do RS, onde cada conselheiro recebe remuneração média mensal de R$ 31.800,00, aposenta-se com salários integrais depois de apenas cinco anos de mandato e tem direito a carro do ano, assessores de livre nomeação e benefícios dignos de majestades. Aliás, o próprio Geraldo Da Camino possui mandato eterno no cargo de Procurador Geral, caso único no universo, só comparável a exceções do gênero em chefias de governos ditatoriais como os das famílias Castro e Kim Jong.A Assembleia do RS, de posse de proposta para regrar este deslize legal, senta em cima da PEC protocolada ali por 43 deputados e nada decide - não se sabe por que razão. No RS, parentes ainda não são nomeados pelo Governador, mas seus amigos e companheiros in pectore - compadrio intolerável - como será o caso a seguir do Secretário Geral, Estilac Xavier, vão para a Corte sem a menor cerimônia. Aí vão os dois trechos iniciais do artigo (você poderá ler a catilinária integral no link):
Célula mater da sociedade, a família foi reafirmada como instituição recentemente. É que o Governador pernambucano Eduardo Campos demonstrou-se, a um só tempo, filho extremoso e cacifado líder político, vendo ungida ministra do Tribunal de Contas da União – após campanha como nunca antes na história deste país foi vista – a deputada Ana Arraes, sua mãe. Nada de novo, contudo, ao se erigir o vínculo familiar como atributo para ascensão àquela Corte. Os ex-governadores do Paraná e do Rio de Janeiro Roberto Requião e Marcello Alencar já se haviam destacado nesse quesito, ao indicarem, respectivamente, irmão e filho aos Tribunais de Contas de seus Estados. Mais remotamente, até um presidente da República, Costa e Silva, teve sua família prestigiada com a nomeação de um irmão para o órgão de controle gaúcho.
. O nepotismo, porém, não é o único descritério a lamentar na recente escolha. Segundo se notícia, seu pano de fundo tem as cores da próxima eleição presidencial, inclusive pela faixa que até há pouco envergava o mais vistoso dos cabos eleitorais da Deputada. Pouco original, também por tal ângulo, o uso do elevado cargo como moeda de troca no cenário político. Há cinco anos, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves investiu no cargo de conselheira a esposa de seu vice-governador, que concordara em não integrar a chapa à reeleição.
Célula mater da sociedade, a família foi reafirmada como instituição recentemente. É que o Governador pernambucano Eduardo Campos demonstrou-se, a um só tempo, filho extremoso e cacifado líder político, vendo ungida ministra do Tribunal de Contas da União – após campanha como nunca antes na história deste país foi vista – a deputada Ana Arraes, sua mãe. Nada de novo, contudo, ao se erigir o vínculo familiar como atributo para ascensão àquela Corte. Os ex-governadores do Paraná e do Rio de Janeiro Roberto Requião e Marcello Alencar já se haviam destacado nesse quesito, ao indicarem, respectivamente, irmão e filho aos Tribunais de Contas de seus Estados. Mais remotamente, até um presidente da República, Costa e Silva, teve sua família prestigiada com a nomeação de um irmão para o órgão de controle gaúcho.
. O nepotismo, porém, não é o único descritério a lamentar na recente escolha. Segundo se notícia, seu pano de fundo tem as cores da próxima eleição presidencial, inclusive pela faixa que até há pouco envergava o mais vistoso dos cabos eleitorais da Deputada. Pouco original, também por tal ângulo, o uso do elevado cargo como moeda de troca no cenário político. Há cinco anos, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves investiu no cargo de conselheira a esposa de seu vice-governador, que concordara em não integrar a chapa à reeleição.
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5 comentários:
TRIBUNAL DE CONTAS NÃO SERVE PARA NADA. É APENAS UM TRIBUNAL POLÍTCO E UM CABIDE DE EMPREGOS.
Esta é a nossa MONARQUIA Brasileira, graças a famigerada Constituição de 1988, cria de uma porcaria de partido chamado PMDB.
PMDB liderado por uma pessoa que realmente não merecia sepultamento em terra.
Amanhã seremos uma India, explorados pelos próprios filhos da Mãe Pátria.
A respeito da Constituição de l988,lembro que por ocasiãp da sua proclamação, o ex-presidente Joao Figueiredo, alertava, que dentro de alguns anos o Brasil,iria conhecer a porcaria que estava sendo adotada.Os constituintes que ainda vivem, devem sentir vergonha do que fizeram.
Continuamos a viver sob um Estado patrimonialista: políticos e burocratas dos três poderes estão ali para se dar bem, ao cidadão o que resta é pagar a pesada carga tributária e receber péssimos serviços públicos. Se a reserva moral do RS, segundo a rbs, é séria, ele deveria propor o fim do seu mp(faz de) contas. Se é MP então deveria entrar pelo MP e não pelo TC do Estado. É mais uma aberração do Estado patrimonialista. Por fim, os conselheiros deveriam continuar sendo indicados pela Assembléia, o que tem que mudar é a pouca vergonha dos ganhos e das benesses que recebem.
Este Da Camino, democrata ate a ultima raiz do cabelo, é o mesmo que DESEJA permanecer no cargo ate o apagar das luzes? É? E quer posar de etico e moralista.
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