A ação criminal que o Ministério Público Estadual protocolou no cartório da 6ª. Vara Criminal do Foro de Porto Alegre sobre a fraude cometida contra o Banrisul, além de denunciar 25 envolvidos, deixou claro que o crime não ocorreu no Banrisul, mas contra o Banrisul. Prevaleceu a percepção de que grossas patifarias e corrupção ocorriam no Banrisul, sob as barbas do governo Yeda Crusius.
. Nas eleições do ano passado, em plena campanha eleitoral, ações policiais midiáticas conduzidas com espalhafato pela Polícia Federal e Ministério Público de Contas, no âmbito da chamada Operação Mercari, não deixaram claro que o banco era vítima e não protagonista da malfeitoria.
. A mídia gaúcha e brasileira, reverberaram as prisões espetaculosas, inclusive do superintendente de Marketing do Banrisul. Até o gabinete do presidente do banco, Mateus Bandeira, foi ocupado pela Polícia Federal. À frente de todos, a RBS colocou de plantão a RBS TV, o jornal Zero Hora e a Rádio Gaúcha, enviando farto material para o Jornal Nacional, da Rede Globo. Um escândalo eleitoral de proporções oceânicas foi armado. O governo teve dificuldade para passar a mensagem certa. Em alguns casos, o próprio presidente do banco teve que entrar numa guerra de guerrilhas, como ocorreu com o jornal O Estado de S. Paulo, que instrumentalizado por um repórter gaúcho de extração petista, alavancou informações falsas sobre o episódio, envolvendo o Banrisul e o governo Yeda Crusius no escândalo.
. O noticiário ganhou foros de espetacular escândalo, prejudicando gravemente a candidata do PSDB, a então governadora Yeda Crusius, que já vinha sendo fustigada há três anos por sucessivas ações repressoras da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, sem contar as sucessivas CPIs na Assembléia. A crise políica desembocou num inexplicável pedido de impeachment, aceito sem cautela alguma pelo então presidente da Assembleia, o deputado Ivar Pavan, que não se reelegeu e acabou premiado com uma inexpressiva secretaria pelo governo Tarso Genro.
. O editor examinou página por página todos os autos do processo que foi protocolado na Justiça do RS. A ação tem 375 páginas. Ela está recheada por degravações de grampos escandalosos sobre celulares, telefones fixos e e-mails, cujos principais atores são o empresário gaúcho Davi Antunes de Oliveira e o superintendente de Marketing do Banrisul, Wyanei Fehlberg.
. Ao final e ao cabo, ficou comprovado que ações de marketing ligadas a painéis, estandes e outdoors tiveram seus preços superfaturados, sendo o butim dividido entre os fornecedores, as agências que atendiam o banco e o superintendente de Marketing do Banrisul.
- O editor examinou cada página dos autos e não conseguiu identificar uma só razão que justifique o chamado da Polícia Federal por parte do procurador Geraldo Da Camino, do Ministério Público de Contas. A participação policial foi claramente abusiva.
CLIQUE na imagem para examinar as dimensões dos volumes que integram os grampos feitos pelo sistema Guardião da Polícia Federal em Porto Alegre e Florianópolis. Os volumes também replicam documentos e depoimentos.
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