Gustavo Grisa, diretor da Agência Futuro, de Bogotá, na Colômbia.
O que é esta Conferência Internacional de Marketing de Cidades, da qual você participa aí em Bogotá ? Eu acompanho muito os dramas das cidades.
É a reunião dos principais especialistas mundiais em estratégias de promoção e reposicionamento de cidades. Há cidades e regiões que precisam ter sua reputação mudada, ou melhorada; outras simplesmente precisam ser mais conhecidas. Nós estamos apresentando um estudo de caso sobre as cidades médias brasileiras.
Mas Bogotá e Colômbia são casos de mudança de reputação?
A cidade de Bogotá tem muitas inovações em gestão e uma visão muito clara de desenvolvimento, turismo e posicionamento mundial. Mas as dificuldades dos 20 anos em que a Colômbia esteve com problemas de narcotráfico e guerrilha ainda estão presentes. O interessante é que há um claro movimento de mudança, e bem organizado.
O que podemos tirar para Porto Alegre e o Rio Grande do Sul?
Porto Alegre e o RS precisam voltar a ganhar espaço na economia brasileira e mundial. Para isso, temos que realizar inovações em escala e promovê-las corretamente. Não se trata somente de um marketing de propaganda oficials. Os investidores procuram cidades e regiões onde encontram dinamismo na gestão pública e privada e uma boa qualidade de vida para seus executivos e trabalhadores.
O que cidades como Porto Alegre podem fazer ?
As capitais brasileiras, fora do eixo Rio-São Paulo, ainda são relativamente desconhecidas. O voo direto com a Europa, por exemplo, é o tipo de avanço que precisamos consolidar e ampliar.
E-mail: gustavo.grisa@agenciafuturo.com.br
2 comentários:
Porto Alegre e RS estão a anos luz da Europa! Não vou nem falar em Alemanha, Espanha e França. Estamos muito longe da Sérvia, Hungria e outros países onde na década de 70 a população nem tinha geladeira. O RS é o exemplo do atraso graças a nossa elite com mentalidade interiorana. Porto Alegre é a maios cidade do interior do Brasil. No mundo todo, as pessoas consomem e gastam, pois assim o dinheiro troca de mão gerando riqueza. Aqui a gauchada prefere morrer abraçada no seu dinheirinho, vivem para juntar migalhas e tudo é caro para eles. Certa vez discutíamos sobre automação residencial, um mercado que está em alta até no nordeste do Brasil e o dono da maior loja de ferramentas aqui do estado (figurinha conhecida como metido a ostentador) teve a capacidade de dizer que automação na casa dele é ele ligando para o ramal da empregada e ela fechando as janelas e apagando a luz. O grosso rico gaúcho é a prova viva da distância que nos separa da Europa.
É verdade. Os gaúchos precisam deixar suas ocas e tabas, deixar de lado as carroças e charretes e se tornarem seres civilizados. O retrocesso por aqui tem sido enrome desde outubro do ano passado.
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