Escalada contra imprensa move cerco contra a RBS

Já é direto o ataque que o Ministério Público Federal de Canoas resolveu promover contra a RBS, ao convocar para esta quarta-feira uma audiência pública para debater o tema "Democratização e monopólio na concessão da televisão no Rio Grande do Sul". O texto da convocatória assinada pelo procurador Pedro Antonio Roso é exemplar. Ele acusa a RBS pela prática de monopólio nas concessões de rádio e televisão no RS. O MPF alega que atendeu pedido de um obscuro Conselho Regional de Radiodifusão Comunitária. Em Santa Catarina, o procurador do MPF, Celso Trez, ajuizou ação própria contra a RBS, que tramita na Justiça Federal, também atacando o chamado monopólio da RBS. Nos dois casos, considerando-se o contexto político, a reunião de Canoas apenas reforça a escalada de ataques à liberdade de imprensa no Brasil (censura ao Estadão, nova Lei de Imprensa e processos sucessivos contra jornalistas). O editor protesta contra o que vai acontecer em Canoas.

CLIPPING / http://www.videversus.com.br / Terça-feira, 24 de novembro

RBS sob ataque dos fundamentalistas.


Há anos a RBS, maior grupo de comunicação do Rio Grande do Sul, seus dirigentes e comunicadores, flertam escandalosamente com o PT e os petistas. Nestes anos todos não aprenderam a lição tão bem demonstrada pelo cineasta sueco Ingmar Bergman em seu filme "O ovo da serpente". Ou seja, não aprenderam que chocar ovo da serpente só gerá o surgimento de uma montanha de novas serpentes. Agora a RBS leva o troco de tão descarado namoro. Nesta quarta-feira, em Canoas, vai se realizar uma audiência pública, convocada por Pedro Antonio Roso, procurador da República, para debater o tema "Democratização e monopólio na concessão de televisão no Rio Grande do Sul". O nome já diz tudo, nem precisaria acontecer a audiência pública. Diz o texto da nota da assessoria de imprensa do Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul: "A prática de monopólio nas concessões de rádio e televisão por parte da Rede Brasil Sul de Comunicação (Grupo RBS), no Rio Grande do Sul, é tema de audiência pública que será promovida pelo Ministério Público Federal (MPF) em Canoas, na próxima quarta-feira (25). Convocada pelo procurador da República no município Pedro Antônio Roso, a audiência atende a um pedido de providências formulado pelo Conselho Regional de Radiodifusão Comunitária (CONRAD). A entidade alega que a legislação federal em vigor limita cada proprietário a ter, no máximo, dois canais de televisão por Estado. A audiência deverá debater, ainda, o descompasso entre os sistemas privado e público estatal, quanto ao uso do espectro magnético como bem social e ambiental. A distribuição, de acordo com a representação do CONRAD, é dominada pelo setor empresarial em 95%, causando desequilíbrio na distribuição das verbas publicitárias, bem como na democratização ao acesso à informação. A audiência pública vai ocorrer na próxima quarta-feira, dia 25 de novembro de 2009, a partir das 14 horas, no auditório da Câmara de Vereadores de Canoas, na Rua Ipiranga, 123, Centro. Foram chamados a comparecer ao evento a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), o Ministério das Comunicações, o presidente do Grupo RBS, e demais interessados".

10 comentários:

RoyMustang disse...

Esses promotores nunca ouviram falar de uma coisa antiga chamada, INTERNET?

E bem feito para RBS.

Anônimo disse...

A RBS tem mais é que fechar mesmo. Já foi vendida ao PT.

Anônimo disse...

Ajudaram o monstro a crescer, agora gemem sob o peso dele. Mais do que merecido, pena que quem paga o pato somos nós.

Anônimo disse...

O Macedo certamente fará comentários devastadores contra o MPF. Não?

Anônimo disse...

Será que a Rosane Oliveira postará em seu blog tal importante audiência? Ou será que publicará amanhã em ZH? E o Macedo? Falará contra o MPF com a raiva que fala dos políticos?
Edevaldo Paiva
Camaquã

Anônimo disse...

Neste caso, está certo o MPF.
Não se trata de censura, mas de impor um pouco de igualdade, diminuindo-se o monopólio.
Não se pode demonizar qualquer ato relativo ao mundo da informação e da propaganda. Censura é outra coisa.
Então, desculpas a quem pensa o contrário, como o editor, mas o MPF está certo.
As críticas viáveis ao MPF são de outra ordem, que em muitas siutações age aparelhadamente (ideologicamente petista, embora sem filiação no partido).
CARLOS, PASSO D'AREIA.

Hugo disse...

Avisos não faltaram.O ditado escocês "Quem dorme com a morte acorda com ela e a segue" é justo pra RBS.A RBS vai pagar caro por sua cegueira.Este tipo de cegueira não será sintoma de que o gigante oligopolista está entrando no seu nadir?Como puderam confiar nestes lunáticos de esquerda?Agora aguentem as consequências de se aliar com quem trata como lixo suas alianças e aliados.

Anônimo disse...

REPRISE A FRASE, MAS EM A BABA RAIVOSA "Eles não terão moleza!!!"

Anônimo disse...

Caro editor: Acho exagerada a manchete de sua nota "Escalada contra imprensa...". Posso passar recibo de ingênuo, mas o que o MPF-Canoas está propondo discutir não é o direito à liberdade de expressão (que seria contra a imprensa 'lato sensu'), mas o perigo à sociedade de um possível monopólio privado de uma concessão pública de mídia, que, s.m.j., não pode se confundir. Tratar a RBS ou qualquer outra empresa jornalística como vaca sagrada e intocável expõe um viés a priori intimidatório, coisa que o MPF não pode se curvar. Lembro-lhe que, por muito menos, a própria governadora do RS foi exposta pelo mesmo MPF 'com pompa e circustância', em horário nobre e sob os holofotes também dessa mesma empresa, sob a égide da liberdade de imprensa. Pois é...
ET: O MPF é o mesmo, do Oiapoque ao Chuí. Ou deveria.
Quanto ao flerte do grupo RBS com o PT, é um direito que o assiste, desde que esse enlace fique claro aos leitores e a informação seja tratada de maneira clara e os mesmos leitores sejam avisados da opinião do veículo e seus empregados, para informar e não enganar.

Anônimo disse...

Não entendi o editor. Mas entendi o MPF, quer se justificar perante a opinião publica dizendo que não tem partido e que nada tem acordado com esta grande midia. Esta que recebe o que quer deles.

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