. O ministro da Fazenda acabou fazendo declarações desastrasas na reunião da Abimaq, porque admitiu que alguns pequenos bancos estão com problemas de liquidez e poderão ter problemas de solvência. O mercado entrou em polvorosa e a Bolsa despencou, apesar da aprovação do pacote de ajuda americana. A Bolsa de SP caiu 3,53%. Ações de todos os bancos caíram. Unibanco perdeu 10% e Banrisul perdeu 4,3%.
. Germano Rigotto parou sua campanha no RS para ir a São Paulo, onde presta serviços para a abimaq. De acordo com o ex-governador Germano Rigotto, consultor da Abimaq, as empresas do setor estão bastante apreensivas com relação ao encarecimento e à diminuição do financiamento externo. “Não podemos correr o risco de prejudicar um setor que é fundamental ao desenvolvimento do país e que está extremamente aquecido”, afirmou Rigotto, lembrando que Abimaq apurou um crescimento de 25% na indústria de máquinas e equipamentos nos primeiros oito meses do ano em comparação a 2007.
. O presidente da entidade, Luiz Aubert Neto, apresentou ao ministro uma evolução do cenário do setor nos últimos anos e destacou a perda de posições no mercado internacional sofrida pelo Brasil, que passou da 5ª colocação nos anos 80 para o 14º lugar atualmente. Para reverter o quadro e colocar o país novamente entre os primeiros colocados, a entidade está formulando o projeto Abimaq 2022, que recebe a colaboração do ex-governador Germano Rigotto.
Crise Internacional
. De acordo com o ministro, a crise financeira internacional atinge com mais força os países desenvolvidos do que os emergentes. Isso porque, atualmente, os países em desenvolvimento estão crescendo a taxas maiores, possuem um potencial de mercado interno mais amplo e têm mais solidez nos fundamentos fiscais. Além disso, suas reservas estão maiores e suas instituições financeiras possuem menos subprimes e ativos podres. “As empresas brasileiras estão mais sólidas e o governo tem instrumentos para garantir a manutenção de uma oferta adequada de crédito para os bancos e para as empresas”, afirmou Mantega.
. O ministro destacou ainda que a maior preocupação do governo federal é que a crise não tenha grande impacto sobre o crédito interno, prejudicando os bons resultados da economia brasileira nos últimos meses. Para tanto, segundo ele, o governo está tomando todas as medidas necessárias, como, por exemplo, a maior disponibilização de recursos através do BNDES, aumento na dedução do compulsório sobre os bancos, maior desembolso para a safra agrícola 2008/2009 e adiamento do compulsório sobre as empresas de leasing. Mantega destacou, porém, que o crescimento em 2009 deverá ficar abaixo do previsto antes da crise.
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