O Banco Central (BC) deve elevar a taxa básica de juros (Selic), hoje em 13,75%, em meio ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre em outubro.
. A previsão é de Fernando Lemos, presidente do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) e foi feita nesta sexta-feira de manhã na Amcham, a Câmara de Comércio de Porto Alegre.
. Quase no mesmo momento, o secretário da Fazenda, Aod Cunha, disse ao editor que "pacote" ou não "pacote", o governo Lula já começou a desovar providências, porque se deu conta de que a crise é grave, será internalizada e já começou a atingir o Brasil.
. “Enquanto o BC não visualizar a inflação de 2009 se dirigindo para o centro da meta, utilizará os instrumentos que tem, como elevação da taxa de juros, como forma de reduzir a pressão inflacionária”, explicou Fernando Lemos, que participou nesta sexta-feira (03/10) do comitê de Finanças da Amcham-Porto Alegre. Questionado sobre a crise dos Estados Unidos, o presidente do Banrisul afirmou que seus efeitos devem abalar economias no mundo todo, inclusive a do Brasil, durante os próximos dois anos.
1) Para ele os problemas financeiros americanos não são de curto prazo e, portanto, demorarão a se dissipar.
2) Ainda não se sabe o tamanho do efeito, mas é certo que haverá repercussões nos próximos dois anos.
3) No que se refere ao Brasil, pode-se esperar menor crescimento, em grande parte em função de restrições de crédito.
. Os bancos devem promover um encurtamento dos prazos de financiamento, algo que já se observa no segmento de pessoas jurídicas, que hoje não conseguem estender suas operações para mais do que 24 meses . Em relação ao crédito consignado para pessoa física, apesar de ainda não ter havido alterações, o presidente do Banrisul estima reduções ainda no curto prazo.No início da última semana, quando participou do comitê de Comércio Exterior da Amcham-Curitiba, o diretor executivo da Ernst & Young, Paulo Wyss, que estava no auditório ouvindo o predsidente do Banrisul, também demonstrou preocupação com os efeitos da crise americana sobre a concessão de crédito e o crescimento da economia no Brasil. Na ocasião, ele afirmou que a instabilidade externa deve restringir a expansão nacional já em 2008 e, de modo mais acentuado, em 2009.
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