A piora na situação econômica de grande parte do mundo, com expectativas de aumento das taxas de inflação e juros, já afeta negativamente o ambiente econômico da América Latina, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do instituto alemão IFO. O Índice de Clima Econômico (ICE), elaborado pelas entidades, recuou para 4,6 pontos em julho, mantendo a trajetória da queda iniciada após outubro do ano passado. O índice vai de 1 a 9. Quanto maior a avaliação, mais alta é a expectativa positiva em relação ao ambiente econômico.
. De acordo com o levantamento, a situação econômica atual (ISA) continua sendo avaliada como favorável pelos especialistas da região. A piora aparece, no entanto, nas expectativas para os próximos meses: o Índice de Expectativas (IE) recuou de 4,0 para 3,4 entre abril e julho. Taxas abaixo de 5,0 são consideradas ruins.
. O dado sugere que a situação econômica da região poderá pior nos próximos seis meses. "Na América Latina, a combinação de um ISA satisfatório com um IE ruim indica que a região está numa fase descendente do ciclo econômico", aponta a pesquisa.
. A pior do ICE da América Latina acompanha a tendência mundial, segundo a FGV. O ICE do mundo passou de 4,6 para 4,1 entre abril e julho. Na União Européia, nos Estados Unidos e na Ásia, tanto o índice de situação atual quanto o de expectativas estão abaixo dos 5,0, apontando deterioração das condições.
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