Opinião do editor - Ao justificar a zona de exclusão, Moraes faz comparação indevida com ações contra Hitler na II Guerra

Não é possível deixar passar batido todo o repugnante, inverossímel, autoritário e caótico conteúdo da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que na noite de sexta-feira criou uma zona de exclusão na Praça dos 3 Poderes, tudo porque se sentiu ameaçado pela barraquinha montada diante do STF pelo deputado bolsonarista Hélio Lopes. 

A mídia e até a quase totalidade dos políticos não leu ou não entendeu o que escreveu Moraes, mas o mesmo não fez o líder do PL, Sóstenes Cavalcante. Num texto denso e didático, ele listou as ilegalidades e as comparações historicamente imprestáveis que cercaram o caso da barraquinha. Vale a pena ler:

1) A ameaça de prisão de deputados federais que passem na zona de exclusão significa ruptura institucional (art. 54 da CF).
2) A decisão lista nomes de deputados que nem estavam no local, como o do próprio deputado.
3) Ao comparar o episódio a uma suposta repetição da política de apaziguamento feita por Neville Chamberlain com Adolf Hitler, Moraes faz uma analogia insensata, imprestável, mentirosa e ideologicamente comprometida com o banditismo político.

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