Indústria gaúcha supera prejuízos da greve dos caminhoneiros e apura forte alta em junho sobre maio, a maior desde 2010

A melhora, porém, representa apenas um ajuste depois do colapso da paralisação.  

A Sondagem Industrial do RS, divulgada nesta quarta-feira pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), mostra que os efeitos da greve dos caminhoneiros já foram decantados e por isto registrou uma significativa evolução da atividade em junho na comparação com o mês anterior. O indicador de produção ficou em 53,5 pontos, um grande aumento em relação a maio (37,7). Foi a primeira elevação para o período desde o início da série, em 2010.

Junto com o crescimento da produção, a diminuição da ociosidade e a normalização dos estoques igualmente apontam para recuperação na atividade. Os dois indicadores que medem o grau de ociosidade da indústria subiram: o índice da Utilização da Capacidade Instalada (UCI) Usual passou de 35,7, em maio, para 43,7 pontos, em junho. Mais próximo da linha dos 50 pontos (a Sondagem varia de 0 a 100), significa que se aproxima do normal. O nível de UCI, no mesmo sentido, aumentou de 63% para 67%. Em relação aos estoques, eles caíram além do programado pelas empresas, eliminando o grande excedente após a crise dos caminhoneiros: os índices de evolução mensal e em relação ao planejado foram de 47,5 e 48,3 pontos, em junho.

Em sentido oposto à recuperação da atividade industrial de junho, o indicador de emprego registrou 47 pontos no mês, mostrando ritmo de queda maior ante maio (48,7).

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