Relatório da Polícia Federal encaminhado ao Supremo
Tribunal Federal afirma que José Otávio Germano (PP-RS) e Luiz Fernando Ramos
Farias (PP-MG) pagaram R$ 200.000 como “agrado” numa embalagem de “garrafas de
cachaça” para Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, favorecer a empresa
Fidens Engenharia.
Isto tudo é o que conta o repórter Thiago Bronzatto, revista Época, no seu site desta sexta-feira. O título da reportagem é "PF fecha cerco a deputados do PP na Lava Jato em primeiro relatório enviado ao STF".
Leia tudo:
O primeiro relatório de conclusão da série de
investigações de políticos envolvidos na Operação Lava Jato, conduzidas pela
força-tarefa da Polícia Federal em Brasília, foi finalizado e protocolado no
Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira. Trata-se de um
relatório que compromete o Partido Progressista (PP). Segundo a PF, os
deputados José Otávio Germano (PP-RS) e Luiz Fernando Ramos Farias (PP-MG)
agiram em favor da contratação empresa Fidens Engenharia para atuar em obras do
Comperj, no Rio de Janeiro, e da Refinaria Premium I, no Maranhão, da
Petrobras. Para viabilizar a contratação da companhia pela estatal, os
parlamentares deram um “agrado” de R$ 200.000 em espécie no hotel Fasano, no
Rio de Janeiro, para Paulo Roberto Costa, então diretor de abastecimento da
Petrobras e delator do escândalo do Petrolão.
De acordo com relatório da PF, Paulo Roberto Costa e
Rodrigo Alvarenga Franco, presidente da Fidens Engenharia, tiveram reuniões nos
dias 25 novembro e 9 de dezembro de 2008. Um dia após o último encontro entre
os executivos, os deputados José Otávio Germano e Luiz Fernando Ramos Farias
compareceram ao prédio da Petrobras para uma reunião na sala VIP por volta das
11h30, segundo registros internos da estatal. “Diferentemente das demais
oportunidades em que estiveram juntos com Paulo Roberto Costa, ambos se
apresentaram no interesse de uma empresa particular: a FIENS, levando a crer se
tratar da FIDENS por duas razões. A um, pela semelhança na grafia; a dois, não
existe empresa com nome FIENS”, diz a PF. Os parlamentares disseram que
trataram de outro assunto com Paulo Roberto Costa. O ex-diretor de
abastecimento da Petrobras afirmou que a reunião com os deputados do PP ocorreu
apenas para tratar do ingresso da Fidens nas licitações da Petrobras, “não
tendo com eles discutido outros assuntos”. Foram encontrados ainda outros
registros de entradas dos suspeitos, que não constam no banco de dados da
estatal, indicando “possível preocupação em omitir o encontro”, segundo
informação policial. No dia 1 de setembro de 2010, por exemplo, José Otávio
Germano (PP-RS) e Luiz Fernando Ramos Farias (PP-MG) ingressaram às 13h45 na
garagem do prédio da Petrobras com um automóvel Vectra Preto e se reuniram com
Paulo Roberto Costa na sala 6.
O lobby deu resultado.
Após a data do primeiro encontro
entre Paulo Roberto Costa e a Fidens, a companhia teve o seu certificado de
validade para se candidatar às licitações da Petrobras renovado, mesmo antes do
prazo de vencimento. De acordo com o laudo pericial de n. º 1.187/2015, “foi
apenas por volta do final do ano de 2009 que a empresa FIDENS logrou êxito em
participar de licitações de obras de grande porte junto à PETROBRÁS, o que não
ocorria até então, tendo se sagrado vencedora em algumas delas”. A primeira
grande obra que a pequena companhia conquistou foi a terraplanagem da Refinaria
Premium I, em Bacabeira, no Maranhão, num consórcio formado junto com as
empresas Galvão Engenharia e Serven-Civilsan, alvos da Lava Jato. A partir daí,
a Fidens ganhou mais duas obras ainda em 2010 e outras duas em 2011, segundo o
relatório da PF.
O pagamento do “agrado” de R$ 200.000 pela contratação da
Fidens foi feito numa embalagem utilizada para acondicionar “garrafas de
cachaça” num quarto do hotel Fasano, em Ipanema, no Rio de Janeiro, onde
estavam hospedados os dois deputados do PP, segundo Paulo Roberto Costa. A
Polícia Federal teve acesso a um registro de reserva realizado no dia 30 de
agosto de 2010 em nome dos dois parlamentares – e uma diária de um quarto
duplo em nome de José Otávio Germano, entre o dia 1º e 2 de setembro de 2010.
Essa estadia foi confirmada, inclusive, pelo próprio parlamentar, em seu
depoimento. Diante da inexistência de vídeos da época da hospedagem dos deputados,
a PF mapeou os extratos de chamadas telefônicas realizadas entre os dois
parlamentares e o executivo Rodrigo Alvarenga Franco. Foram encontradas 27
ligações entre José Otávio Germano (PP-RS) e Luiz Fernando Ramos Farias
(PP-MG), além de 44 contatos entre Luiz Fernando e Rodrigo Alvarenga. Foi
constatada também a entrada de Luiz Fernando Ramos no escritório do doleiro
Alberto Youssef, em São Paulo, no dia 20 de setembro de 2011. Segundo Youssef,
em depoimento à PF, a Fidens foi contratada para a obra de terraplanagem da
refinaria Premium I devido a “uma ingerência pessoal do Deputado Federal LUÍS
FERNANDO do Partido Progressista junto a PAULO ROBERTO COSTA, sendo que a
comissão seria paga diretamente ao mesmo pela FIDENS”.
O relatório da PF entregue ao STF conclui que “o nexo
causal restou claro entre a conduta de ajuste/patrocínio de interesses
particulares e o favorecimento indevido da empresa Fidens junto à Petrobras”.
A
força-tarefa da PF em Brasília também afirma que Paulo Roberto Costa atuou em
favor da companhia em obras do Comperj e da Refinaria Premium I, “tendo
recebido, em razão de suas funções, vantagem financeira indevida (art. 317 do
CPB), paga por RODRIGO ALVARENGA FRANCO, presidente da FIDENS (art. 317 c/c
art. 30, ambos do CPB), por intermédio de JOSÉ OTÁVIO GERMANO e LUIZ FERNANDO
RAMOS FARIAS (art. 317 c/c art. 29, ambos do CPB)”.
Esse é o primeiro relatório da leva de inquéritos tocados
pela PF em Brasília. Nas próximas semanas, outras investigações, que estão
avançadas, deverão ser concluídas – e encaminhadas ao STF.
6 comentários:
Coleguinha de marcelzinho ..o homicida....ehehe
Se gritar pega ladrão, não fica nenhum meu irmão...a roubalheira entrou pelos poros...quem diria,os pais dos pobres e os arautos da honestidade,viraram bandidos corruptos da noite pro dia...se num outro País os ladrões iam andar livres,leves e soltos como aqui no Brasil.Nem dá pra chamar isto aqui de País,é uma republiqueta de bananas com assaltantes da pior espécie, e os assaltantes ainda percorrem a republiqueta dando palestras de como roubar e não ser preso...eles têm até instituto,pode???
Se gritar pega ladrão, não fica nenhum meu irmão...a roubalheira entrou pelos poros...quem diria,os pais dos pobres e os arautos da honestidade,viraram bandidos corruptos da noite pro dia...se num outro País os ladrões iam andar livres,leves e soltos como aqui no Brasil.Nem dá pra chamar isto aqui de País,é uma republiqueta de bananas com assaltantes da pior espécie, e os assaltantes ainda percorrem a republiqueta dando palestras de como roubar e não ser preso...eles têm até instituto,pode???
Só queria saber quais os retardados que votaram nesse Animal corruPTo de longos anos. Tomara que vá preso logo esse ordinário da turma da Dilma. Agora resta esperar alguma próxima terça ou quinta feira para para a PF invadir e buscar essa gente
Turma da dilma eh.... mingana queugostio
Esse PP gaúcho é uma vergonha.
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