Artigo, Percival Puggina - Saiba por que é preciso quebrar os ovos para enquadrar Lula e o PT

O artigo a seguir é de Percival Puggina, Porto Alegre. O editor editou o texto inicial, mas o link dá acesso à íntegra da análise.


Tem chamado atenção a vigorosa blindagem proporcionada ao ex-presidente Lula, suas persistentes negativas, e o furioso enfrentamento que seu partido trava ante o STF, a mídia e o jornalismo independente. Somam-se tenebrosas ameaças de regular a atividade da imprensa - o chamado marco regulatório - e agendam-se vigorosas manifestações em favor de José Dirceu e outras lideranças. É o povo nas ruas? Não. Claro que não. Não se confunda povo com militantes. O povo não está para essas coisas. Homens e mulheres do povo estão ocupados com seus afazeres, com suas famílias. Os estudantes do povo estudam. Os agricultores do povo plantam e velam por suas colheitas. Só os militantes é que se arregimentam ao estalar de dedos do comando político, até mesmo para coisas tão abomináveis quanto defender meliantes.

Exagero? Não. Exagerada foi a quebradeira de ovos. Demasiada é a incoerência do ministro Gilberto Carvalho desqualificando as denúncias de Marcos Valério por provirem de alguém condenado a 40 anos de prisão. Mas que diabos, para quem trabalhava o careca? Não é o partido do ministro e o próprio Lula que afirmam não haver ocorrido crime algum? Então, para vocês, Gilberto Carvalho, o publicitário Marcos Valério é inocente como bebê de berçário! Será preciso, também, quebrar os ovos da nossa paciência e da lógica mais elementar?

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 http://www.puggina.org/

4 comentários:

Anônimo disse...


As peculiaridades que levam a AP470 para a história:

Da Folha

Outras peculiaridades, além das dimensões e da fartura de condenações, confirmam o peso histórico atribuído com antecedência ao chamado julgamento do mensalão, também referido com frequente ironia como ação penal 470.

É possível que já houvesse, entre os julgadores e entre os julgados, personagens mais cedo ou mais tarde destinados à história, e outros aos buracos de todas as memórias. O julgamento igualou-os, mas ficou a injusta recusa a três pessoas de passarem também à história.

Documentos comprovam as assinaturas e rubricas de quatro representantes do Banco do Brasil, dois diretores e dois gerentes executivos, nas transações com a DNA de Marcos Valério em torno da Visanet. Incluído na ação penal 470, porém, foi um só. Os três restantes foram deixados para processo comum, de primeira instância, com direito a todos os recursos às instâncias superiores, se condenados, e demandas de defesa. Ou seja, possibilidade de sucessivas defesas e múltiplos julgamentos. Direito não reconhecido aos julgados no Supremo Tribunal Federal, por ser instância única.

Os três barrados da história têm em comum o fato de que já estavam nos cargos de confiança durante o governo Fernando Henrique, neles sendo mantidos pelo governo Lula. E, em comum com o condenado pelo STF, terem os quatro sempre assinado em conjunto, por norma do BB, todas as decisões e medidas relativas ao fundo Visanet. Dado que uma das peculiaridades do julgamento foi o valor especial das ilações e deduções, para efeito condenatório, ficou liberada, para quem quiser, a inquietante dedução de tratamento discriminatório e político, com inclusão nas durezas do STF apenas do diretor definido como originário do PT.

O benefício desfrutado pelos três não foi criado pelo relator Joaquim Barbosa, que o encontrou já na peça de acusação apresentada pelo procurador-geral Roberto Gurgel, e o adotou. Um dentre numerosos problemas, sobretudo quanto a provas. Por exemplo, como registrado a certa altura do julgamento nas palavras bem dosadas de Marcelo Coelho:

"O ponto polêmico, na verdade, recai sobre a qualidade das provas para incriminar José Dirceu. Não houve nenhum e-mail, nenhuma transcrição de conversa telefônica, nenhuma filmagem, provando claramente que ele deu ordens a Delúbio Soares para corromper parlamentares".

A condenação de José Dirceu está apoiada por motivos políticos. E, à falta das provas cabais para condenação penal, forçosamente originada de motivações políticas. Bastará, no futuro histórico do julgamento, para caracterizá-lo como essencialmente político. Caracterização que se reforça, desde logo, pelo tratamento amigável concedido ao mensalão precursor, o do PSDB, de 1998 e há 14 anos acomodado no sono judicial.

E caracterização outra vez reforçada pela incontinência do procurador-geral Roberto Gurgel, com seu pedido de prisão imediata dos réus condenados sem que representem perigo e sem que o processo haja tramitado em julgado. A busca de "efetividade" da ação judicial, invocada pelo procurador-geral para o pedido negado por Joaquim Barbosa, ficaria muito bem no caso em que se omitiu, com explicação tardia e insuficiente.

Houvesse, então, o apego à efetividade, o Ministério Público estaria em condições de evitar a enrolação de negociatas que usa Carlos Cachoeira como eixo, inclusive no Congresso.

No primeiro dia do julgamento, o relator chamou o revisor de "desleal", por manter a opinião que o relator abandonou. No segundo, o revisor foi posto pelo relator sob a insinuação de ser advogado de defesa do principal acusado, Marcos Valério. E de destrato em destrato até o fim, o julgamento criou mais uma inovação inesperada para destacá-lo nos anais.

Unknown disse...

O tal Percival deve imaginar que todos estao acometidos de amnesia. Ele deveria saber que somente jornaleiros engajados sofrem desta anomalia seletiva. Ele poderia comecar a contar ahistoria deste pais pela ARENA-PDS ne? Organizacoes politco corruptas que o nobre Percival frequentou. Ou o honrado Percival quer comecar a quebrar ovos a partir do fim da fila? Mas o que mais admiro, jornaleiro, é que estes anciaos, como o Percival, nao aprenderam nada no curso da vida. Repassam para o nestos, coitados, esta etica e moral de cueca.

Anônimo disse...

Senhor Percival Puggina:
Não se esqueça que todas as manifestações de desagravo ao STF, estão sendo feito nas igrejas católicas, e que o padre Marcelo apoiou o Haddad para prefeito de SP.
O senhor que é católico, diga para os padres cuidar da religião e dos fiéis que estão abandonando o catolicismo devido a promiscuidade com o PT e com os bandidos do mensalão.
Vocês estão misturando Deus com o PT.

Anônimo disse...

Não se engane o tal puggina,os do povo que estudam,continuam estudando,odo povo que plantam,continuam plantando,todos do povo estão cuidando de suas vidas e de suas família sim. Mas,o fazem como quem tem um olho no queijo e outro no rato... Basta ver o resultado das eleições,que podem não servir de salvo-conduto pra livrar ninguém da cadeia,mas,serve muito bem pra exemplificar o que eu falo: Sabem de tudo o que fizeram os do PT,mas,sabem que os outros precisam mostrar serviço. O que vai muito além de denunciar o PT,criminalizar o PT e que militante por militante,os da veja estão sempre alerta. O jogo onde os de direita têm de mostrarem serviço é o jogo das urnas e não o jogo dos tribunais. Mesmo porque,o Marcos valério era operador não do mensalão,mas, "dos mensalões",uma vez que antes que o PT existisse já existia mensalão.

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