Saiba para onde vai o consumo

A conversa dos economistas é de que o mercado interno salvará a economia brasileira em 2009.

. Ninguém está discutindo se o ano será mesmo de recessão ou não, porque já se sabe que o PIB cairá abaixo de zero ao final de 2009. Isto já é certo. O caso é de recessão, embora o governo mantenha retórica ufanista e se comporta como se estivesse com dinheiro sobrando e no melhor dos mundos. É má política, porque é irrealista.

. O que vai impedir um tombo mais bruto é o mercado interno. Por que razão ? Porque o Brasil é dono da quinta maior população e do oitavo maior mercado consumidor do mundo – em crescimento (no ano passado, a alta nas compras foi de 6%) - e está vendendo.

. O assunto é tema de reportagem de capa da revista Exame desta semana, que se baseia muito em dois estudos a que tiveram acesso os repórteres.

. A reportagem avisa que os motores da economia brasileira, este ano, serão: 1) as vendas para o mercado interno. 2) as exportações. 3) os investimentos.

. No ano passado, segundo a consultoria MCM, o consumo foi responsável por 60% de toda a riqueza gerada no ano passado (R$ 1,8 trilhões). A MCM acha que este ano o valor crescerá um pouco, mas crescerá algo como R$ 2,4 bilhões. E isto que 2008 foi um dos melhores anos da história.

. Quem irá melhor ? Informa Exame: 1) supermercados e hjipermercados (mais 5,3%). 2) farmácias (mais 12%). 3) carros, motos e combustíveis. Quando trata de regiões, Exame avisa que o Sul é quem mais sofrerá, porque seu potencial de compras cairá 1% no ano. Norte e Nordeste continuarão bombando. No ano passado,m o Nordeste já ultrapassou o Sul no ranking regional de consumo e só perde para o Sudeste.

. A MCM, apesar de tudo, acha que o desemprego vai aumentar, elevando-se para 10,5% no final do ano (7,9% no ano passado). É um número duro de agüentar. A maior parte do desemprego fica por conta da indústria. A classe B1 (renda até R$ 2.300,00) será a mais afetada.

- A crise já provocou cortes de produtos supérfluos, mas bens essenciais continuarão disputados (alimentos, remédios, artigos de higiene pessoal e de limpeza doméstica). As pessoas ficarão mais tempo em casa (o lazer doméstico será mais demandado).

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