Políbio, a entrevista da Manuela hoje na Zero Hora é um primor. Revela exatamente quem ela é. . Como na nossa grande midia impressa, nenhum colunista vai comentá-la, abaixo vão minhas observações. Ela em vermelho, eu em azul.
"Produzimos uma aliança nova que rompeu um espectro político construído sempre em torno de dois projetos".
Aliança nova? Como assim? Sua aliança foi com o PPS, partidinho formado por egressos do velho MDB, comandados por políticos mais que tradicionais no RS. Aqueles mesmos das privatizações e defensores do neoliberalismo..... Só ela não percebeu, ainda, que o eleitor não é burro e entendeu a jogada.
"Sei que não tinha o direito de chorar na frente dos meus militantes"
Tem todo o direito sim e devia ter chorado. Devia ser autêntica com seus sentimentos. Não é feio chorar, feio é disfarçar sentimentos. Uma política que quer se dizer nova, diferente, deve ser coerente. Se sente vontade de chorar, deve chorar. "
Partido é direção e não indivíduo"
Aqui se mostra, com clareza, sua concepção leninista, e portanto, totalitária, de partido político. Segundo Lenin, o partido é a vanguarda do proletariado, o grande sabio condutor das massas. Deve ser pequeno, altamente treinado e capaz de tudo, sem limites morais ou éticos. No caso, ate mesmo de matar em escala industrial. Quem manda no partido, é claro, é a sua direção. Aos seus integrantes, coitados, cabe obedecê-la ou a fila das execuções.
"Eles devem ( o PT) ter um respeito grande pelo PC do B, que tem 86 anos, e fez 15% dos votos"
Será que foi o PC do B que fez 15% dos votos em Porto Alegre? Ou uma candidatura despolitizada e disfarçada? Porque Manuela escondeu seu partido durante toda a eleição, trocou até mesmo de cor e fez uma aliança com um grupo que nada tem a ver com seu ideário político e administrativo?
"Não atendi o telefone para a minha mãe" (explicando porque não havia atendido a Maria do Rosário)
Isso é muito feio, prá dizer o mínimo. Nem a mãe.....
Pelo visto, Porto Alegre acertou. Escolheu dois projetos, embora divergentes, que expressam um mínimo de coerência e autenticidade: todo mundo sabe quem é e como é o Fogaça; e tudo mundo sabe quem é e como é o PT.
José Carvalho Mendes Caldeira, Porto Alegre, RS.
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