Conforme vinha antecipando esta página desde a semana passada, o governo gaúcho promulgou nesta segunda-feira o decreto que incentiva a competitividade do setor coureiro-calçadista,com a redução em 5% no ICMS (de 17% para 12%) dos segmentos de beneficiamento de couro.
. O governo pretende dar novo impulso às exportações após uma queda significativa no primeiro semestre desse ano, que foi de 23%.
. A alíquota era de 17% para empresas de repasse do couro ao varejo e de 12% para as que vendem o artigo diretamente. A partir do decreto, o imposto será de 12% para ambos.
. O setor continua reclamando seus créditos de ICMS (R$ 85 milhões).
. O setor coureiro gaúcho congrega 217 empresas, que processam anualmente 13 milhões de peças, gerando 300 mil empregos diretos ou indiretos se for considerada a cadeia do couro e do calçado. O faturamento específico do setor coureiro é de US$ 1 bilhão. Deste total, 24% se destina ao mercado externo, trazendo divisas para o Estado e o país.
. O perfil exportador do setor faz com que as empresas do setor estejam sofrendo com a questão cambial e, na esfera estadual, enfrentando grandes dificuldades no ressarcimento dos créditos de exportação do ICMs. Temos em torno de R$ 85 milhões das empresas retidos nos cofres do Governo do Estado. Isto descapitaliza as nossas empresas e retira a capacidade de investir. E isto contribui para que a indústria coureira gaúcha esteja perdendo espaço na comparação com outros estados brasileiros. No ano 2000, respondia por 36% do faturamento das exportações do país. Em 2007, a fatia gaúcha caiu para 24%.
Um comentário:
Sou totalmente contra qualquer tipo de incentivo a qualquer setor. Vivemos em um país democrático de direito e o mesmo incentivo dado a um determinado setor deveria ser dados a todos os outros setores. O setor calçadista por exemplo... Recebem um determinado incentivo. Os donos do negócio não estão preocupados em repassar aos trabalhadores participação de lucros, adicional noturno ou horas extras como deveria realmente ser e sim apenas focados no lucro. Além de não investirem no crescimento da empresa e apenas desviar lucros com compras de fazendas no Uruguay que agora está na moda. Que tipo de incentivo é esse? Se não para a marginalização? Quem não tem competência no mercado que não se estabeleça!!!
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