Depois de quase três anos de investigações, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro conseguiu constatar que houve fraude na concorrência pública realizada pela Prefeitura de Nova Iguaçu em 2005, beneficiando a empresa Supernova Mídia e Comunicação, contratada para prestação de serviço por seis meses ao custo de R$ 598.460. O procurador- geral de Justiça do Rio, Marfan Martins Vieira, denunciou, na segunda-feira 23, o prefeito Lindberg Farias (PT) e outras sete pessoas pelo crime.
. Os esquemas do ex-líder estudantil foram denunciados por ISTOÉ em sua edição de 14 de maio, em matéria na qual a suspeita contratação da Supernova foi detalhada. Segundo a denúncia, encaminhada ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio - pois o prefeito tem foro privilegiado em ações criminais -, o processo licitatório foi direcionado para favorecer a Supernova, que havia prestado serviço a Lindberg na campanha eleitoral de 2004 e à qual o prefeito eleito devia R$ 250 mil.
. De acordo com o Ministério Público, a prisão preventiva dos denunciados só não foi solicitada porque o crime de fraude resulta em penas que variam de dois a quatro anos de detenção - e podem ser transformadas em penas alternativas, com multas e prestação de serviços públicos.
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