Foi a maior paralisação em duas décadas.
A revista Veja que já está circulando, conta que em um movimento sem liderança clara, convocado a
princípio por meio de grupos no WhatsApp e que ganhou apoio aos poucos, a greve
dos caminhoneiros contra os sucessivos aumentos no preço do diesel alcançou
mobilização maciça, raras vezes vista no país.
Leia mais:
Iniciada na segunda-feira 21, a
paralisação atingiu, em diferentes escalas, todos os estados, além do Distrito
Federal. Com 400 pontos de bloqueio em vias estratégicas para a circulação de
mercadorias, os grevistas praticamente não encontraram resistência policial e
conseguiram impedir a circulação dos motoristas que tentavam trabalhar. A
paralisação desestabilizou o fornecimento de alimentos, deixou postos e
aeroportos sem combustíveis e forçou a suspensão do trabalho em fábricas por
falta de componentes.
Trata-se de um baque e tanto para a economia, cuja
recuperação ainda é frágil. De quebra, os caminhoneiros deram um nó no governo,
expuseram a ruína da coordenação política e atropelaram Michel Temer e seu discurso
de reformas e estabilidade, bem na semana em que o presidente e o seu partido,
o MDB, lançaram oficialmente o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como
candidato à sua sucessão.