Artigo de Aod Cunha: A economia política do impeachment e das necessárias reformas.

Quando a presidente Dilma foi eleita eu comentei que talvez o PSDB estivesse, para sua sorte, escapando de uma missão quase impossível de ser executada com o PT na oposição:

Consertar os erros da “nova matriz econômica” e fazer o ajuste fiscal com as reformas estruturas necessárias, como a reforma da previdência.

Continuo achando que esta perspectiva vale em tempos de expectativa de impeachment, embora o PT tenha se desgastado muito desde a posse da presidente Dilma.

É claro que os valores que devem guiar um eventual impeachment ou a permanência da presidente no cargo são mais relevantes que a lógica econômica e devem ser inegociáveis para uma sociedade democrática. Meu único ponto aqui é que todos devem estar preparados para tempos duros de necessários ajustes na política econômica e de reformas muito difíceis.

A atual euforia dos mercados domésticos de Câmbio e ações, a meu ver, ainda subestimam o tamanho do esforço e da capacidade de liderança que o País precisará para voltar a crescer consistentemente. 

Não se deve ter a ilusão de que o atual apoio da sociedade para o impeachment e a troca de governo garanta apoio para as reformas que um novo governo, seja lá quem for, precisará construir.

Aod Cunha (foto): http://www.iea.usp.br/pessoas/pasta-pessoaa/aod-cunha

7 comentários:

Paulo Dora disse...

Ocupação é um nome no estilo subterfúgio, para invasão. Entraram a força e vandalizaram a casa. Se quem liderou foi João, Maria ou outro, não importa. Se fez parte da ação, assumiu o risco do seu "coletivo".

Anônimo disse...

Políbio,

O Aod esta, mais uma vez, correto.

JulioK

Anônimo disse...

Lúcido e objetivo.

Anônimo disse...

Os caras adoram falar na previdência, como se quem contribuiu por 35 anos fosse um aproveitador.
Vejamos:
1. Milhões na previdência rural sem contribuição;
2. Milhões recebem 1 SM ao atingir certa idade, sem contribuir;
3. Diversos casos especiais;
4. Viúvas de 30 anos de maridos de 70,
5. Aposentadorias publicas sem respaldo atuarial.
Bem, sabem quem vai pagar a conta ?
O trabalhador urbano da iniciativa privada.

Anônimo disse...

CREIO QUE TODA E QUALQUER OPINIÃO NESTE MOMENTO SERVE APENAS A DOIS
PROPÓSITOS : AUTO PROMOÇÃO - OU CONTINUIDADE -

AÇÕES QUE SE FAZEM NECESSÁRIO NÃO ACONTECEM.

SOMBRIOS DIAS.

Geraldo disse...

Bom, numa nação onde 75% das pessoas são analfabetos funcionais, parece claro que essa gente espera que o governo dê emprego para todo mundo, que todos tenham aposentadoria com R$ 4 mil por mes, e por aí vai.
Ninguém quer apertar o cinto para poder folgar amanhã. Gente atrasada.

Anônimo disse...

Geraldo, aposrntadoria de 4 mil por mês para quem contribui mais de 35 anos pelo teto é o mínimo que o cara deve receber.
Faça os cálculos de quanto esse sujeito contribuiu e terás uma surpresa.
Agora, quem não contribuiu, bem, aí é privilégio, qualquer que seja o valor.

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